G1
Plataforma afirmou que perfil violou suas políticas ao fazer publicação que defendia a política do país em relação aos uigures muçulmanos. Ícone do Twitter, em smartphoneThomas White/ReutersO Twitter bloqueou a conta da embaixada da China nos Estados Unidos por conta de uma publicação que defendia a política do país asiático em relação aos uigures muçulmanos em Xinjiang. A rede social disse que o post violou sua política contra a "desumanização" de pessoas.O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quinta-feira que estava confuso com a medida e que era responsabilidade da embaixada divulgar a desinformação e esclarecer a verdade.A conta da embaixada chinesa, @ChineseEmbinUS, publicou um tuíte neste mês que dizia que as mulheres uigur foram emancipadas e não eram mais "máquinas de fazer bebês", citando um estudo divulgado pelo jornal estatal China Daily.SAIBA MAIS: China deteve muçulmanos uigures por causa da religião, mostram documentos oficiaisChina persegue uigures no exterior com apoio de países árabes, aponta investigação da BBCA horas do fim, governo de Trump classifica a China como autora de genocídio contra os uiguresA publicação foi removida pelo Twitter e substituída por um aviso informando que não estava mais disponível. Embora o Twitter oculte publicações que violam suas políticas, ele exige que os proprietários de contas excluam manualmente essas publicações. A conta da embaixada chinesa não publicou nenhum novo tuíte desde 9 de janeiro.A suspensão da conta da embaixada ocorre um dia depois que o governo Trump, em suas horas finais, acusou a China de cometer genocídio em Xinjiang, uma acusação endossada pelo novo governo Biden.O governo Biden não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a ação do Twitter.O Twitter está bloqueado na China, mas foi adotado pela mídia estatal e diplomatas chineses, muitos dos quais utilizam a plataforma para defender agressivamente as posições de Pequim."Tomamos medidas em relação ao tuíte que você mencionou por violar nossa política contra a desumanização, que afirma: Proibimos a desumanização de um grupo de pessoas com base em sua religião, casta, idade, deficiência, doença grave, nacionalidade, raça, ou etnia", disse um porta-voz do Twitter nesta quinta-feira.A embaixada chinesa em Washington, que aderiu ao Twitter em junho de 2019, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse em entrevista nesta quinta-feira que estava confusa com a ação do Twitter."Existem inúmeros reportagens e informações relacionados a Xinjiang que são contra a China. É responsabilidade de nossa embaixada nos EUA esclarecer a verdade", disse ela."Esperamos que eles não apliquem critérios duplos sobre este assunto. Esperamos que eles possam discernir o que é correto e verdadeiro da desinformação sobre este assunto."Veja vídeos sobre tecnologia no G1