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Taxa de eficácia global da CoronaVac é de 50,38%, diz Instituto Butantan

Por Redação em 12/01/2021 às 13:26:41

O Instituto Butantan divulgou nesta terça-feira, 12, os dados completos sobre a eficácia da CoronaVac contra a Covid-19. Segundo revelou Dimas Covas, o diretor do Instituto, a vacina atingiu eficácia global de 50,38% – a Anvisa exige, no mínimo, 50%. Anteriormente, o governador de São Paulo, na última quinta-feira, 7, João Doria havia revelado os recortes de eficácia da vacina, que é 78% eficaz para casos leves da Covid-19 e 100% eficaz na prevenção de casos graves e moderados da doença. Apesar disso, pesquisadores e especialistas cobravam a divulgação da taxa de eficácia geral do imunizante, que consiste na comparação de quantas pessoas ficaram doentes entre os grupos de vacinados e daqueles que apenas receberam o placebo, sem recorte de grupo, ou seja, a capacidade da vacina proteger em todos os casos.

Ainda na quinta-feira, quando os dados preliminares foram divulgados, o Butantan e a Anvisa tiveram uma reunião de pré-submissão do imunizante na qual a instituição apresentou os dados consolidados à agência. No dia seguinte, o instituto enviou o pedido oficial para o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, no dia seguinte, o órgão regulador cobrou a submissão de mais informações sobre a vacina. Desde a oficialização do pedido, a agência reguladora possui o prazo de dez dias para conceder ou não o registro de emergência da CoronaVac.

*Mais informações em instantes

Trajetória da CoronaVac

O diretor Dimas Covas relembra que em abril de 2020 a vacina já estava pronta na China. O modelo de imunizante utilizado pela Sinovac já estava desenvolvido para o primeiro coronavírus, o Sars-CoV-1. A empresa, então, aproveitou a tecnologia para a nova forma do vírus, agilizando o processo e fazendo com que a CoronaVac fosse uma das primeiras vacinas a ficarem prontas. Os testes pré-clínicos, realizados em animais, foram iniciados já em abril. Os estudos seguiram para a fase 1 e fase 2 na China até que o Instituto Butantan foi encarregado de realizar a fase 3 da vacina.

Os profissionais da saúde foram escolhidos como voluntários por estarem em ambientes com alta carga viral circulando, com incidência de 20% do coronavírus. “É a população que desafia a vacina de forma mais intensa, é o teste mais duro que uma vacina pode enfrentar”, argumentou Dimas Covas. Além de um estudo que está em andamento, o Instituto Butantan realizará mais quatro estudos sobre o imunizante. Por parte da Sinovac, a vacina está sendo testada na Turquia, na Indonésia e no Chile. “É uma vacina que está esperando para ser usada”, disse.

Fonte: JP

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