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Saiba as atribuições dos profissionais de cada área Estudo, planejamento e desenvolvimento de projetos com capacidade técnica. Essa é a atribuição mais ampla dos cursos de engenharia, que é uma ciência abrangente. Engenheiros criam e aperfeiçoam materiais, estruturas, sistemas, entre outras utilidades, com conhecimento matemático.Além da habilitação em um curso superior, para ser engenheiro, o profissional precisa fazer o cadastro na associação profissional da região. No caso do estado, no Conselho Regional de Engenharia (CREA/SC), que conta com 62,4 mil profissionais cadastrados e 16,3 mil empresas.Engenharia elétrica exige criatividade e inovaçãoOs cursos de engenharia são divididos de acordo com suas especificidades. O coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Regional de Blumenau (FURB), professor Luiz Henrique Meyer, acredita que quem procura a engenharia elétrica precisa de habilidades nas áreas de matemática, física e programação de computadores. “É necessário ter curiosidade científica, querer saber como as coisas funcionam, não ser apenas um mero usuário. Vontade de querer desenvolver, otimizar, melhorar, criar e inovar”, destaca o professor.O curso dura entre cinco anos a cinco anos e meio e abrange cálculo, física, circuitos elétricos, eletromagnetismo, sistemas elétricos de potência, entre outras disciplinas. “Na primeira fase, o aluno já começa a ter contato com as disciplinas profissionalizantes. Isso incentiva os estudos. Ainda, os estudantes logo conseguem estágio na indústria”, completa Meyer.O profissional da engenharia elétrica pode trabalhar em indústrias, concessionárias de energia e outras empresas de forma geral na área de manutenção e projetos.FURB possui o único laboratório de alta tensão no estadoO único laboratório de alta tensão no estado foi montado no início dos anos 2000. É também o único de uma universidade do sul do país. Os equipamentos vieram de doações da Universidade de Nottingham, da Inglaterra. “Hoje, o laboratório serve para prestação de serviços às empresas da região e de outros estados, testes de luvas isolantes para ter certeza da tensão, ensaios em painéis, barramentos e análises de óleos isolantes. Também dá suporte às atividades de pesquisa e desenvolvimento que os professores realizam, como tensão aplicada e simulação de maresia”, explica o coordenador do curso. É também utilizado para ensino, principalmente na pós-graduação.Na Engenharia Química, alunos da FURB participam de projetos com a PetrobrasO curso de engenharia química também possui as disciplinas básicas como cálculo, física, matemática, além de uma carga maior de química, devido à especificidade desta graduação. Dura, em média, cinco anos.O professor Rodrigo Decker, do departamento de Engenharia Química da FURB, elenca outras matérias importantes como termodinâmica. A FURB oferece três disciplinas de fenômenos de transporte, para tratar de cada um separadamente. “Não há um enfoque específico em um tipo de indústria. O aluno pode atuar na indústria de papel e celulose, parte de refino de petróleo, centrais termelétricas, entre outras áreas”, aponta Decker.O estudo de reatores químicos só é feito na Engenharia Química. Um reator é um equipamento em escala industrial que pode ter diferentes tamanhos. É onde vai ocorrer a reação química em maior escala, que pode requerer ou liberar energia e precisa de estabilidade para esse processo.O contato com a indústria é frequente. A FURB possui projetos em parceria com a Petrobras desde 2014. Eles envolvem estudos de grandes equipamentos para entendimento de determinado fenômeno e outros para aplicação industrial. “Se a Petrobras tem problema numa caldeira, com baixa eficiência, por modelagem matemática e simulação numérica é possível verificar o comportamento do fluido lá dentro e identificar o que está acontecendo de problema”, detalha o professor, que também atua como coordenador de projetos. São cinco professores envolvidos nesses projetos além dos bolsistas de iniciação científica e mestrado. Todas as disciplinas de engenharia da FURB também envolvem o empreendedorismo.Inovação é aprimorada dentro da UniversidadeA FURB possui uma Agência de Inovação e um Instituto para incentivar e divulgar os trabalhos relacionados à área tecnológica. A Agência de Inovação vai contar com uma sala no Centro de Inovação que será inaugurado em Blumenau.Vinicyus Wiggers, coordenador da Agência de Inovação da FURB, afirma que o núcleo existe desde 2012 e atua em todas as esferas, para “incentivar, difundir a cultura intelectual, fazer requisições ou intermediações, pedidos de patente, atuar na transferência de tecnologia para o setor privado e fazer termos de sigilo. É a instância administrativa para suporte de todas essas questões que envolvem tecnologia, inovação e propriedade intelectual”.Em alguns projetos, já foi possível fazer a transferência de tecnologia da Universidade para o setor produtivo. Um deles, para a produção de pastas de celulose a partir dos resíduos de farinha de palmeira. O projeto foi desenvolvido no curso de Engenharia Química, com investimento de uma indústria, que agora está em fase construção de uma unidade em Luiz Alves.Já o Instituto Furb desenvolveu o chamado Colaboratório. Segundo Christian Krambeck, diretor do instituto, o objetivo é ser a ponte entre empresas e a comunidade acadêmica. “Elas vão cadastrar no site os problemas enfrentados, e alunos e professores vão poder trabalhar possíveis soluções nas disciplinas e trabalhos de conclusão de curso”, explica. Um projeto piloto foi lançado de forma prévia e em fevereiro deve acontecer o lançamento público.Em abril de 2021, também será realizado o Dia do Desafio, quando empresários virão à Universidade para tratar dos problemas em suas empresas. Se for possível um “match” entre problema e aluno, eles irão promover soluções em conjunto.Mais informações sobre os cursos de engenharia da FURB você encontra aqui