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Escócia volta a falar em independência do Reino Unido após o Brexit

Por Redação em 25/12/2020 às 12:40:33

A primeira-ministra Nicola Sturgeon afirmou que o Brexit está acontecendo contra a vontade da Escócia e que nenhum acordo com a União Europeia poderá compensar isso. “É hora de traçar nosso próprio futuro como uma nação europeia independente”, escreveu nesta quinta-feira, 24, em seu perfil oficial no Twitter. A política, que faz parte do partido pró-independência escocesa, estava se referindo às últimas tratativas entre o Reino Unido e o bloco econômico, que tiveram um fim na véspera de Natal após 11 meses de negociações. No dia 30 de novembro, Sturgeon já tinha dito que pediria autorização ao governo britânico para realizar um referendo de independência, que tem ganhado apoio da população escocesa. O Reino Unido, no entanto, se opõe veementemente a esse desejo.

Entenda o contexto

Historicamente, a Escócia foi independente até 1707, quando se tornou parte do Reino da Grã-Bretanha. Desde então, a ambição de voltar a ser um estado autônomo existe pontualmente dentro de alguns partidos políticos, que defendem que, às vezes, os interesses de todo o Reino Unido entram em conflito com os interesses específicos escoceses. A última vez que foi realizado um referendo sobre a questão foi em 2014, quando a maioria da população (55%) preferiu a permanência no país. Na época, o principal argumento contra a separação era o risco da Escócia ficar de fora da União Europeia. Com o Brexit, esse temor se concretizou. Apesar de ser amplamente contra a medida, a Escócia será retirada do bloco econômico no próximo dia 31, juntamente com a Inglaterra, o País de Gales e a Irlanda do Norte.

Segundo uma pesquisa realizada entre os dias 5 e 11 de novembro pela PanelBase, 51% dos escoceses hoje são a favor da independência, contra 40% que são contrários à medida. Os outros 8% afirmaram estar indecisos sobre a questão. Outros levantamentos realizados pela mesma instituição ao longo do ano mostram que a maioria dos escoceses não queria a separação do Reino Unido até março, quando os números começaram a virar a favor da independência. Isso indica que a pandemia de coronavírus pode ter tido uma influência na mudança de pensamento da população. O primeiro-ministro Boris Johnson tem sido criticado pela forma como guiou o Reino Unido no combate à Covid-19. Em março, uma pesquisa da YouGov mostrou que 46% dos britânicos achavam que Johnson estava se saindo bem no cargo, contra 42% que pensavam o contrário.

No entanto, a partir de maio as estatísticas começaram a ser desfavoráveis ao primeiro-ministro. O levantamento mais recente da instituição, feito em setembro, mostra que apenas 35% das pessoas estão aprovando o seu governo, contra 57% que defendem que ele está tendo um desempenho ruim. A nação prevê uma queda histórica em seu PIB, que deve ter a maior contração em 300 anos. Além disso, o Reino Unido está caminhando para o maior endividamento já visto em tempos de paz, ou seja, considerando apenas os períodos em que o país não estava em guerra. Até o final do ano, serão 394 bilhões de libras em dividendos.

Fonte: JP

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