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IPCA-15: prévia da inflação oficial fica em 0,81% em novembro, maior para o mês desde 2015

Por Redação em 24/11/2020 às 09:35:28
Em 12 meses, índice atingiu 4,22%, ficando acima da meta central do governo para o IPCA em 2020, que é de 4%. Puxado mais uma vez pelos preços dos alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,81% em novembro, após ter registrado avanço de 0,94% em outubro, informou nesta terça-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a alta tenha desacelerado, trata-se da maior taxa para meses de novembro desde 2015 ( 0,85%).

No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 3,13% e em 12 meses atingiu 4,22%, acima dos 3,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, a taxa foi de 0,14%.

"Além do grupo de Alimentação e bebidas, que teve alta de 2,16%, todos os demais subiram: Transportes (1%), Artigos de residência (1,40%), Habitação (0,34%) e Vestuário (0,96%), além de Saúde e Cuidados Pessoas (0,04%), Despesas Pessoais (0,14%), Comunicação (0,06%) e Educação (0,01%)", informou o IBGE.

O resultado veio um pouco acima do esperado. A mediana das estimativas de 24 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data projetava uma alta de 0,72% do IPCA-15 em novembro.

Os 9 grupos pesquisados registraram alta em novembro

Veja o resultado para cada um dos grupos:

Alimentação e bebidas: 2,16%

Habitação: 0,34%

Artigos de residência: 1,40%

Vestuário: 0,96%

Transportes: 1%

Saúde e cuidados pessoais: 0,04%

Despesas pessoais: 0,14%

Educação: 0,01%

Comunicação: 0,06%

O que mais subiu

Os alimentos e bebidas responderam por 0,44 ponto percentual do IPCA-15 de novembro. Com avanço de 2,16%, o grupo passou a acumular alta de 12,12% no ano.

Entre os itens que mais subiram, destaque para carnes (4,89%), arroz (8,29%), batata-inglesa (que passou de -4,39% em outubro para 33,37% em novembro), tomate (19,89%) e óleo de soja (14,85%). Entre as quedas, a principal foi a do leite longa vida (-3,81%).

Em transportes, o maior impacto individual no IPCA-15 (0,06 ponto percentual) veio da gasolina (alta de 1,17% em novembro), item de maior peso na composição do IPCA-15. Também houve alta nos preços do etanol (4,02%), óleo diesel (0,53%) e gás veicular (0,55%).

Perspectivas e meta de inflação

Apesar da pressão de alguns itens nos últimos meses e do temor de repasse de custos mais altos no atacado para o consumidor final a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central do governo para o IPCA, de 4%.

Segundo o relatório Focus, divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, os analistas do mercado financeiro estimam uma inflação de 3,45% em 2020.

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa do mercado subiu para 3% ao ano em meio ao aumento das preocupações com a situação das contas públicas.

Para o ano que vem, o mercado financeiro subiu de 3,22% para 3,40% sua previsão de inflação. Em 2021, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

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Fonte: G1

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