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Grupo protesta em Goiânia contra assassinato de cliente negro em supermercado do RS


João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi morto na noite de quinta-feira (19) por seguranças brancos. Manifestantes levantaram cartazes com frases como "vidas negras importam" e "racistas não passarão". Um grupo realizou um ato em frente a unidade do Carrefour, na Avenida T-9, em Goiânia, na manhã deste sábado (21), em protesto pela morte de um homem negro, espancado por seguranças brancos, em uma loja da mesma rede, em Porto Alegre (RS), na noite de quinta-feira (19).

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi morto no estacionamento do supermercado, na capital gaúcha. Os dois seguranças estão presos e a polícia investiga o caso. Em nota, o Carrefour chamou a morte do cliente de "ato de criminoso", e anunciou rompimento do contrato com a empresa de segurança (leia íntegra da nota ao final da reportagem).

Na capital goiana, o grupo com cerca de 40 pessoas pediu que os clientes não fizessem compras no supermercado. Além disso, levantavam cartazes com frases como "vidas negras importam" e "racistas não passarão".

O G1 entrou em contato com a unidade do Carrefour, em Goiânia, por telefone, às 12h30 deste sábado (21), mas as ligações não foram atendidas até a última atualização desta reportagem.

A manifestação começou pacífica e foi acompanhada pela Polícia Militar. Conforme apurou a TV Anhanguera, o ato foi organizado por um grupo político e também contou com a participação de populares.

Carlos França, de 74 anos, protestou, em Goiânia, contra espancamento de homem negro em supermercado de Porto Alegre

Rachel Araújo/TV Anhanguera

O professor aposentado Carlos França, de 74 anos, que segurava um dos cartazes, afirmou que a manifestação é para cobrar justiça.

"Eu estou indignado com a morte de um brasileiro, trabalhador, que foi fazer compras com a fiamilia e acabou morto. Ele entra para o índice de pessoas negras mortas no nosso país. É um absurdo falar que não existe racismo no Brasil. Eu acho que todo cidadão brasileiro deveria estar aqui hoje. Nós temos que parar de matar os negros e índios", afirmou.

Veja a íntegra da nota do Carrefour

"Após a lamentável e brutal morte do senhor João Alberto Silveira Freitas na loja em Porto Alegre, no bairro Passo D"Areia, o Carrefour informa que:

- Definiu que todo o resultado de lojas Carrefour no Brasil na sexta-feira, 20 de novembro, será revertido para projetos de combate ao racismo no país. O valor será destinado de acordo com orientação de entidades reconhecidas na área. Essa quantia, obviamente, não reduz a perda irreparável de uma vida, mas é um esforço para ajudar a evitar que isso se repita;

- no sábado, 21/11, todas as lojas do Grupo em todo o Brasil abrirão duas horas mais tarde para que neste tempo possamos reforçar o cumprimento das normas de atuação exigidas pela empresa a seus funcionários e empresas terceirizadas de segurança;

- estamos buscando contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário neste momento difícil;

- a loja do bairro Passo D"Areia será mantida fechada; Todas essas ações complementam as decisões já anunciadas de rompimento de contrato com a empresa que responde pelos seguranças envolvidos no caso e de desligamento do funcionário que estava no comando da loja no momento do ocorrido.

Reiteramos que, para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que ocorreu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais."

Veja outras notícias da região no G1 Goiás.

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