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Abel Ferreira fala sobre técnicos portugueses no Brasil e ausência de brasileiros na Europa

Por Redação em 05/11/2020 às 07:50:23

Abel Ferreira foi apresentado como novo técnico do Palmeiras na tarde de quarta-feira. Durante a entrevista coletiva virtual, o português, entre outros assuntos, falou sobre os motivos que fazem seus compatriotas terem tanto espaço no futebol brasileiro atualmente.

"A divisão do conhecimento. Posso dizer que tive vários a compartilhar comigo, como eu fiz, como fazemos, compartilhamos ideias, conceitos, formas de atacar e defender. Cada um gera seus próprios conhecimento e ideia de jogo. Quando comecei a treinar, criar a minha ideia de jogo, comecei em uma perspectiva global. Como valorizo jogadores, clube, ideia de jogo. Foi a partir daí que fiz meu conhecimento, nossa ideia de jogo. Mas tenho projeto e tempo nos clubes para cimentar e crescer, como outros que conseguem aguentar a pressão dos torcedores, pois conhecem as pessoas que estão no projeto. É isso, valorizar o clube, os jogadores, o futebol. Temos a responsabilidade de dar o melhor em campo para quem assiste, para nossa família Palmeiras gostar do que vê. Foi dentro disso que estamos cimentando a ideia de jogo", explicou.

Nesta temporada, quatro clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro contaram com técnicos portugueses. Além do Palmeiras com Abel, o Santos teve Jesualdo Ferreira, o Flamengo teve Jorge Jesus e o Vasco atualmente é comandado por Ricardo Sá Pinto.

O novo treinador alviverde também comentou a falta de oportunidades a técnicos brasileiros na Europa e falou um pouco sobre suas experiências com comandantes do país durante a carreira.

"Vou falar minha opinião: nos anos 80 ou 90, quando comecei a jogar, havia muitos técnicos brasileiros em Portugal. E aprendemos muito com eles. Estava jogando na segunda divisão e foi o Paulo Autuori que me tirou da segunda divisão e me deu a chance de estrear na primeira divisão. Antes de estrear contra o Porto, ele me disse isso duas semanas antes e eu nem dormi nesse tempo. Tenho essa ótima relação com ele. Eu tinha um sonho de representar Portugal. Felipe Scolari me chamou para fazer 15 dias de trabalho, antes do Europeu de 2004. Foi ele que me chamou quando eu estava no Sporting, teve uma conversa espetacular. Me disse que estrearia se nos classificássemos antes, mas isso não aconteceu e ficou para o último jogo. Ótima relação tenho com ele", contou.

"Futebol e a vida são assim. Mais novos querem o lugar dos mais velhos, os mais velhos tem que andar para se manter. A vida é competição em todos os detalhes. Temos que trabalhar para estarmos prontos quando a oportunidade aparecer. Tem espaço para todos nos futebol, sobretudo pela competência. Tive o Guto Ferreira fazendo estágio comigo, o Thiago Larghi também. O português tem muito isso da partilha", acrescentou.

Perguntado sobre a inspiração em Jesualdo Ferreira, seu mentor nos primeiros anos da carreira como treinador, Abel preferiu não se ater apenas ao nome do ex-técnico do Santos como fonte de conhecimento.

"Minha referência no futebol é o conhecimento. São os livros, as pessoas, os portugueses, os brasileiros, todos aqueles que apanhei no passado, pois sou fruto das minhas experiências. Não posso nomear só um. Aprendi com todos os técnicos que tive, os bons, ruins, fracos, ótimos… Nas turbulências se adquire as melhores aprendizagens. Falei com portugueses e brasileiros para aprender sobre aqui", completou.

Abel Ferreira confirmou que fará sua estreia pelo Palmeiras nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília), quando o Verdão encara o Red Bull Bragantino, no Allianz Parque, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. A equipe alviverde venceu a partida de ida pelo placar de 3 a 1.

Fonte: Gazeta Esportiva

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