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Após ex-vice-líder do governo ser flagrado com dinheiro na cueca, Bolsonaro diz lamentar desvios de recursos da saúde

Por Redação em 15/10/2020 às 14:30:31
Senador Chico Rodrigues pediu nesta quinta (15) para deixar a vice-liderança do governo no Senado. Ele foi alvo de operação que investiga desvio de verba destinada ao combate à Covid-19 em Roraima.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (15), ao comentar o caso do ex-vice-líder do governo no Senado Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado tentando esconder dinheiro na cueca, que lamenta desvios de recursos da saúde.

Rodrigues foi alvo de uma operação da Controladoria-Geral da União (CGU) com a Polícia Federal, que investiga desvios de verba pública em Roraima, destinada para o combate à Covid-19.

A tentativa do político de esconder dinheiro na cueca quando os agentes da PF chegaram à sua casa foi revelada pelo site da revista "Crusoé".

A TV Globo também apurou que o montante que o senador quis esconder era de R$ 30 mil. Na casa, havia mais R$ 60 mil.

A PF divulgou as primeiras informações da operação nesta quarta (14), pouco depois das 10h, no horário de Brasília. A corporação não forneceu mais detalhes sobre as buscas na casa do senador e alegou que o processo está sob sigilo.

Bolsonaro comentou o caso com apoiadores na porta do Palácio da Alvora e depois divulgou a conversa nas redes sociais.

"Agora, a CGU tá de olho. A nossa Polícia Federal está de olho e tomamos decisões. Lamento os desvios de recursos, seria bom que não houvessem porque afinal de contas, quando se desvia recursos da saúde, inocentes morrem", disse o presidente.

Bolsonaro afirmou também que o fato de Rodrigues ter sido vice-líder não significa que o governo não combate a corrupção.

"Parte da imprensa está me acusando, de o cara ser meu amigo. Eu coloquei como vice-líder, em consequência eu sou, e que eu não tenho, não combato a corrupção", disse.

"Deixar bem claro. Essa operação da PF de ontem [quarta], como metade das operações, elas são em conjunto com a CGU, cujo ministro é o capitão Wagner Rosário", completou o presidente.

Em nota, Chico Rodrigues afirmou que sua casa foi invadida "apenas" porque ele fez seu "trabalho como parlamentar".

"A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à Covid-19 na saúde do estado", disse o senador.

Vídeo

Em um vídeo que circula nas redes sociais, Bolsonaro disse para Regueira que os dois tinham "quase uma união estável". A frase de Bolsonaro foi uma resposta ao fato de Rodrigues ter mencionado, no vídeo, que ambos eram amigos havia mais de 20 anos na Câmara dos Deputados.

O vídeo não identifica a data em que foi gravado. A imagem mostra Bolsonaro e Rodrigues em um gabinete, com uma bandeira do Brasil e outra do estado de São Paulo ao fundo. Os dois estão sentados lado a lado. Bolsonaro abre a conversa dizendo:

"Olá, amigos de Roraima. Estou recebendo hoje aqui o Chico Rodrigues, que vocês tanto conhecem. Chico, com a palavra".

Chico Rodrigues agradece a presença de Bolsonaro e cita a amizade entre os dois.

"Eu quero aqui agradecer o meu amigo Jair Bolsonaro, de 20 anos de Câmara dos Deputados", afirmou

Bolsonaro interrompe o parlamentar: "É quase uma união estável, hein, Chico", diz o agora presidente, e em seguida sorri.

Assessor

Chico Rodrigues emprega em seu gabinete um sobrinho de Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. Ele tem cargo em comissão de assessor parlamentar e, no mês de setembro, recebeu salário bruto de R$ 22.943.

Fonte: G1

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