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Força Nacional chega ao Amazonas para conter onda de violência

Por Redação em 15/08/2020 às 18:35:27

Agentes da Força Nacional de Segurança Pública já estão em Nova Olinda do Norte (AM), a cerca de 130 quilômetros ao sul de Manaus, para apoiar a Polícia Federal no combate à violência na região.Ao menos sete pessoas – incluindo dois policiais – foram mortas a tiros, na cidade, desde que as forças policiais do Amazonas deflagraram, no início do mês, uma operação contra o narcotráfico. Por razões estratégicas, não é informado o número de agentes empregados na ação prevista para durar 60 dias – prazo que poderá ser prorrogado caso a PF entenda ser necessário.

No fim do mês de julho, o então secretário executivo do Fundo de Promoção Social do Amazonas, Saulo Moysés Rezende Costa, foi baleado no ombro enquanto pescava com um grupo de amigos no Rio Abacaxis dando visibilidade à violência na região do médio Rio Madeira. Costa, que não tinha a licença necessária para pescar no local, informou às autoridades policiais que, pouco antes de ser alvejado, havia discutido com um grupo de pessoas portando armas, facões e tochas, e que exigia que o ex-secretário e seus acompanhantes deixassem a região. Esta semana, o governo do Amazonas exonerou Costa do cargo de secretário – sem explicar os motivos para a saída.

A partir dessa ocorrência, a Secretaria estadual de Segurança Pública deflagrou, no dia 3 de agosto, uma operação policial com apoio de equipes da Companhia de Operações Especiais (COE) e do Batalhão Ambiental da Polícia Militar que foram deslocadas para Nova Olinda do Norte. Ao fim do primeiro dia de ação, os agentes foram emboscados e dois policiais militares – o terceiro-sargento Manoel Wagner Silva Souza e o cabo Márcio Carlos de Souza – acabaram sendo mortos. Outros dois PMs ficaram feridos.

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Diante da ação criminosa, o governador Wilson Lima prometeu rigor na apuração dos crimes e determinou que o próprio comandante-geral da PM seguisse para a região, com reforços. "Determinei ao coronel Ayrton Norte que só volte a Manaus quando tiver uma resposta efetiva do que aconteceu. Não existe resposta mais significativa do que punir essas pessoas e coibir essas atividades criminosas que acontecem há algum tempo no estado", declarou Lima durante cerimônia pública.

No decorrer das investigações, policiais identificaramindícios de tráfico de drogas, formação de milícia armada e possível existência de uma facção criminosaatuando na região, segundo a secretaria de Segurança Pública. Com as suspeitas, a abordagem e revista de embarcações, a busca por áreas de plantio de maconha e a ação ostensiva contra o crime foram intensificadas.

Dias após a deflagração da operação policial, ribeirinhos e entidades civis começaram a denunciar a violência de alguns agentes públicos contra moradores da região. No último dia 7, o corpo de Josimar Moraes Lopes foi encontrado em um igarapé, atingido por tiros. Morador da Terra Indígena Kwatá-Laranjal, Lopes pertencia à etnia Munduruku e completaria 26 anos na próxima segunda-feira (17). Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública adiantou que a suspeita é de que Lopes foi morto por traficantes, sem informar a suposta motivação.

Outro rapaz, de 20 anos, Eligelson de Souza da Silva, também foi encontrado morto, segundo a Secretaria de Segurança Pública, por ter trocado tiros com policiais. Na última terça-feira, mais três corpos ainda não identificados foram encontrados no Rio Abacaxis. A PF não divulgou detalhes das operações.

*Com Agência Brasil

Fonte: JP

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