G1
O procurador da RepĂșblica no Distrito Federal, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, pediu o compartilhamento de provas de eventual participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-assessores e militares em atos antidemocrĂĄticos. O pedido foi enviado à Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR). O procurador quer as provas sobre eles na investigação civil, que corre na Procuradoria da RepĂșblica no DF, e que visa a reparação de danos de atos democrĂĄticos cometidos entre 2018 e 2023 — incluindo os atos golpistas de 8 de janeiro. A parte criminal segue na PGR e no Supremo Tribunal Federal (STF).Primeira Turma do STF forma maioria para tornar réus ex-cĂșpula da PMDF por atos golpistasVeja abaixo a lista de polĂticos sobre os quais hĂĄ intenção de receber provas para a investigação: Jair Messias Bolsonaro;Walter Souza Braga Netto; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;Almir Garnier Santos;LuĂs Marcos dos Reis; Ailton Gonçalves Moraes Barros; Antônio Elcio Franco Filho; Jean Lawand JĂșnior; Anderson Gustavo Torres; Filipe Garcia Martins Pereira; Carla Zambelli Salgado de Oliveira; Ridauto LĂșcio Fernandes; George Washington de Oliveira Sousa; Alan Diego dos Santos Rodrigues; Wellington Macedo de Souza. O procurador quer saber os indĂcios de participação de cada um deles. " Considerando que os riscos que se procuraram evitar terminaram por se consolidar em danos efetivos, o presente procedimento passou a verificar a responsabilidade dos principais agentes atuantes na tentativa de golpe ocorrida no paĂs", disse no despacho.Ele também destacou que o MPF tentou atuar preventivamente fazendo recomendações. " As mencionadas circunstâncias contribuĂram para que o avanço das ações antidemocrĂĄticas ocorresse sem a coibição que exigia a ordem jurĂdica. Voltando a atenção aos presentes autos, como se pode observar do teor da recomendação antes transcrita, percebe-se que o escopo do procedimento era preventivo, ou seja, no sentido de exigir das autoridades militares e de segurança pĂșblica a atuação articulada para a coibição de atos ilĂcitos como os que terminariam por desaguar nas ocorrĂȘncias de 8 de janeiro de 2023 – cerca de trĂȘs semanas após a expedição da recomendação".E que, como os riscos se tornaram concretos, passou-se a investigar as condutas e, em consequĂȘncia, a reparação de danos.