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A interlocutores, diretor-geral da Abin diz que não agiu para abafar investigação

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Por Redação em 26/01/2024 às 14:07:21

Luiz CorrĂȘa teve duas reuniões com ministro Rui Costa e se disse revoltado com o que considerou uma distorção criminosa da PolĂ­cia Federal na operação contra suposta espionagem ilegal na AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia. Luiz Fernando CorrĂȘa em sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal.

Roque de SĂĄ/AgĂȘncia Senado

O diretor-geral da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin), Luiz Fernando CorrĂȘa, passou o dia acompanhando a operação da PolĂ­cia Federal contra suposta espionagem ilegal na agĂȘncia e se reuniu duas vezes com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A interlocutores, CorrĂȘa se disse revoltado com o que considerou uma distorção criminosa da PolĂ­cia Federal. Segundo seu relato, a PF teria feito uma interpretação distorcida de uma reunião que ele teve com oficiais de inteligĂȘncia, no dia 28 de março do ano passado.

Segundo o relatório da PF, o encontro teria o objetivo de boicotar as investigações. O nĂșmero 2 de Luiz na Abin, o delegado Alessandro Moretti, teria dito que o trabalho apuratório teria "fundo polĂ­tico e iria passar". E aponta que Luiz CorrĂȘa sequer deveria participar do encontro, pois ainda não estava nomeado para a função.

Ao ministro, Luiz CorrĂȘa confirmou a presença na reunião. Disse que participou porque estava indicado para o cargo e tentava pôr fim a uma crise, aberta com as investigações da PF e a sindicância interna aberta para apurar na Abin.

Os oficiais estavam com medo de depor na PolĂ­cia Federal, pois teriam suas identidades e métodos de trabalho revelados. Mesmo sem estar nomeado, Luiz CorrĂȘa ligou para o diretor-geral da PF, Andrei Passos, e o chefe da inteligĂȘncia, delegado Rodrigo, e expôs a situação.

Sempre de acordo com o relato de Luiz ao ministro, ficou acertado que a Federal iria identificar os oficiais de inteligĂȘncia em autos apartados. Ou seja, nos depoimentos eles seriam identificados apenas por nĂșmero, preservando seus nomes, que estariam ao alcance da justiça em volumes separados do inquérito.

A reunião, defendeu-se Luiz CorrĂȘa, foi para dizer que todos deveriam depor. Versão bem diferente da descrita pela PolĂ­cia Federal. Segundo a PF, o nĂșmero 3 da Abin, Paulo MaurĂ­cio, jĂĄ afastado, disse que o encontro tinha objetivo de "tentar acalmar a turma". Para Rui, Luiz CorrĂȘa relatou que os termos são coerentes, jĂĄ que o objetivo era pôr fim à crise e dizer que os depoimentos não iriam violar os sigilos profissionais dos servidores da Abin, nem suas identidades.

O ministro não pediu o cargo, nem Luiz CorrĂȘa falou em entregĂĄ-lo.

Fonte: G1

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