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Dólar abre em alta, em meio a valorização de títulos públicos americanos

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Por Redação em 17/10/2023 às 10:23:50
Foto: Reprodução internet

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No dia anterior, a moeda norte-americana registrou um recuo de 1,02%, cotada a R$ 5,0367. Já o principal índice acionário da B3 fechou em alta de 0,67%, aos 116.534 pontos. Mercados operam de lado, com cautela com o exterior.

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O dólar abriu em alta nesta terça-feira (17), em um dia de menor apetite a riscos nos mercados globais e em meio a uma valorização dos títulos públicos dos Estados Unidos, o que beneficia a moeda americana em detrimento das demais e dos ativos de risco, como os mercados de ações.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 09h30, o dólar subia 0,29%, cotado a R$ 5,0508. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou o dia com baixa de 1,02%, vendida a R$ 5,0367, no menor patamar de outubro, até aqui. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

queda de 1,02% na semana;

alta de 0,20% no mês;

recuo de 4,57% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa só começa a operar às 10h.

No dia anterior, o índice fechou com alta de 0,67%, aos 116.534 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

alta de 0,67% na semana;

queda de 0,03% no mês;

ganhos de 6,20% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

A maior aversão aos riscos que toma conta dos mercados neste pregão é consequência da valorização dos títulos públicos norte-americanos - com destaque para os com vencimento em 10 e 30 anos, que subiram para perto de 4,8% e 4,9%, respectivamente, próximo dos maiores patamares de rendimentos observados neste ano (que também são os maiores desde 2007).

Na última semana, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comentaram que os juros futuros (que são os rendimentos dos títulos com vencimentos longos) já estão tão altos, que provavelmente isso já será suficiente para frear um pouco a economia e a inflação.

Isso acontece, segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, porque alguns contratos longos, como as hipotecas e empréstimos, são baseados nos rendimentos desses títulos. Assim, com juros mais altos, a tomada de crédito também fica mais cara e tende a reduzir os níveis de consumo.

A preocupação, segundo o analista, é que juros muito altos por muito tempo podem prejudicar as empresas, elevando os níveis de endividamento e, até mesmo, levando a pedidos de recuperação judicial e falência.

Mesmo que o Fed ainda não tenha sinalizado novas altas nos juros, que hoje estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, em suas próximas reuniões, Miziara explica que essa elevação dos títulos futuros mostram que os investidores estão preocupados com os rumos da economia mundial e estão buscando ativos mais seguros.

Neste contexto, o fator que mais gera preocupação atualmente é a guerra entre Israel e Hamas, que já chegou ao seu 11° dia, com milhares de mortos e feridos e uma grande corrida diplomática de outros países e autoridades, que tentam evitar que a guerra escale para outros locais da região.

"Vale notar que, além dos impactos humanitários incalculáveis, o principal impacto econômico do conflito na região tende a vir dos efeitos na commodity – e petróleo mais caro no mundo afeta a inflação que Bancos Centrais tentam controlar a duras penas no período pós pandemia. E a inflação mais alta impacta o assunto que não sai dos holofotes: juros", comenta Rachel de Sá, chefe de economia da Rico.

A especialista destaca que a percepção entre investidores de que o conflito pode não exceder as fronteiras entre os envolvidos diretamente pode trazer certo fôlego para os preços de petróleo.

No entanto, segundo Miziara, com a perspectiva de uma duração mais longa do conflito, a cadeia logística do petróleo, que tem um importante corredor no Oriente Médio, pode ser afetada, fazendo o preço da commodity subir.

Fonte: G1

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