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Política

Atos golpistas: membros de CPI e defesas se questionam sobre como fazer delação em comissão com filhos de Bolsonaro

Advocacia do Senado deu parecer favorável à colaboração premiada, mas há dúvidas práticas.


Advocacia do Senado deu parecer favorável à colaboração premiada, mas há dúvidas práticas. Em caso de delação contra Bolsonaro, por exemplo, depoimento seria testemunhado por filhos parlamentares. O parecer favorável da Advocacia do Senado à possibilidade de a CPI dos Atos Golpistas celebrar acordos de delação premiada, desde que validadas pelo Ministério Público e pela Justiça, não responde a todas as perguntas sobre o tema nos bastidores.

A comissão ainda não tem clareza sobre como faria essa delação. Para além do "barulho político", a dúvida é como viabilizar uma colaboração premiada em uma comissão que reúne situação e oposição – e pessoas intimamente ligadas a possíveis delatados.

A CPI tem entre seus suplentes, por exemplo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). Um delator se sentiria seguro em citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, se eventuais acusações pudessem ser acessadas pelos filhos do delatado?

A possível delação na CPI é tida como chance remota, apesar do parecer favorável. A leitura é de que a comissão quer acenar politicamente para ganhar importância e, se nada mais der certo, servia ao menos como arena para acusadores de Bolsonaro.

Mas o ex-ajudante de ordens Mauro Barbosa Cid avança em confissões à PF, e a defesa do hacker Delgatti Neto também fica com a pulga atrás da orelha.

"Eles [a CPI] dizem que a PF tem encaminhado as peças da investigação, que ficam guardadas numa sala-cofre. Ocorre que os dois filhos do Bolsonaro fazem parte da comissão. Como fazer delação para eles", comenta nos bastidores um advogado de um possível delator.

O questionamento também é verbalizado por parlamentares. A CPI estuda montar um grupo de trabalho para analisar todas essas nuances. A criação, assim como eventuais delações, precisa ser aprovada pelo colegiado.

G1

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