"O santo padre deseja transmitir a vossa excelĂȘncia [Mateus], à famĂlia de Villavicencio e a todo o amado povo equatoriano, o seu profundo pesar pela triste notĂcia do assassinato do senhor Fernando Villavicencio", cita a mensagem, assinada pelo secretĂĄrio de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
"Diante do sofrimento causado por uma violĂȘncia injustificĂĄvel, que condena com todas as suas forças, sua santidade faz um chamado a todos os cidadãos e às forças polĂticas para que se unam em um esforço comum em favor da paz", segue o texto em que os representantes do Vaticano citam à padroeira do Equador, Nossa Senhora de El Quinche.Candidato presidencial pelo Movimento Construye, o ex-dirigente sindical e jornalista Fernando Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros na Ășltima quarta-feira (9), a apenas 12 dias do primeiro turno das eleições equatorianas. Ele se despedia de seus apoiadores após participar de um ato de campanha em Quito quando homens fortemente armados se aproximaram atirando.
Ao menos outras nove pessoas foram feridas no atentado, entre elas um candidato a deputado e trĂȘs seguranças de Villavicencio. Seis suspeitos de participação no crime jĂĄ foram detidos. Todos são colombianos, segundo o Ministério PĂșblico, que afirma jĂĄ ter reunido provas contundentes, incluindo imagens de câmeras de segurança e uma impressão digital encontrada em uma motocicleta abandonada por um dos acusados.
No local do crime, peritos recolheram um fuzil e farta munição. Especialistas da equipe antibomba da PolĂcia detonaram uma granada que os criminosos lançaram contra os seguranças de Villavicencio.
A comoção gerada pelo assassinato de um candidato presidencial levou o governo do Equador a decretar estado de exceção em todo paĂs, por 60 dias, chegando mesmo a suspender direitos como como a inviolabilidade dos lares e de correspondĂȘncias, que poderão ser inspecionadas pelas forças de segurança.
A data do primeiro turno das eleições, previamente agendada para o próximo dia 20, estĂĄ mantida.
Fonte: AgĂȘncia Brasil