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Economia

TCU aprova pagamento de R$ 3,7 bi pela Copel, que destrava privatização da companhia do PR

Oferta de ações está marcada para 10 de agosto.


Oferta de ações está marcada para 10 de agosto. PT questiona privatização com ação no STF. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (2) o pagamento de R$ 3,7 bilhões pela Copel, para manter a operação de três usinas hidrelétricas. Na prática, a decisão destrava a privatização da companhia de energia elétrica pelo governo do Paraná.

As usinas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias são os principais ativos da Copel e têm prazo de concessão se encerrando em 2024, 2032 e 2033, nessa ordem.

Segundo as regras do setor, depois do prazo de concessão, as hidrelétricas são revertidas para a União --que pode conceder a operação novamente por meio de leilão, com a concorrência de outros agentes.

No caso de privatização da estatal que as controla, as usinas podem ter as autorizações renovadas de forma antecipada e continuar sob o controle da companhia privatizada.

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O que o TCU julgou nesta quarta foi o pagamento que deve ser realizado pela Copel à União para renovar as três concessões e manter os ativos sob o seu controle.

A aprovação do chamado "bônus de outorga" era uma condição para a continuidade do processo de privatização da companhia pelo governo do Paraná.

Somente com o aval do TCU, a Copel poderia finalizar o procedimento de "bookbuilding" --quando os bancos que coordenam a privatização definem o preço das ações com base no interesse de potenciais investidores.

Segundo o cronograma da privatização, o procedimento de "bookbuilding" será encerrado em 8 de agosto e a oferta pública de ações acontecerá no dia 10.

A demora do TCU para analisar o valor de pagamento pressionava a realização da oferta, num momento em que a oposição ao governo do Paraná tenta suspender a privatização.

Em julho, o PT questionou no Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade da lei do Paraná que permitiu a venda da estatal.

O partido argumenta que, ao limitar o poder de voto de todos os acionistas a até 10%, a lei restringiria os direitos do BNDES. O banco de desenvolvimento ficaria com 24% das ações, mas só responderia por 10% nas votações.

É o mesmo modelo da privatização da Eletrobras, questionado no Supremo pelo governo do presidente Lula.

O modelo de "corporação" limita a atuação dos acionistas a 10%, independentemente de quantas ações eles detenham. Isso evitaria que um investidor atuasse para influenciar as decisões da companhia.

A privatização da Copel foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná três dias depois de o governo estadual anunciar a intenção de reduzir a participação na empresa, em novembro de 2022, após a reeleição de Ratinho Júnior (PSD) como governador.

Atualmente, o governo estadual é o acionista controlador, com 31,1% de participação na Copel. O BNDES Participações --sociedade de ações do BNDES—tem 24%. Outros 44,2% já são negociados em bolsa.

G1

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