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Decisão do TSE afeta a capacidade do ex-presidente a se candidatar a cargos políticos nas próximas eleições, mas não impede o ex-presidente, por exemplo, de votar em outros candidatos. Julgamento de Bolsonaro no TSE: entenda a diferença entre inelegibilidade e perda de direitos políticosA decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível o impede de se candidatar nas próximas eleições, mas não retira todos os seus direitos políticos.Para entender: a inelegibilidade é mais restrita do que a perda ou suspensão de direitos políticos. Assim:A inelegibilidade tira Bolsonaro das urnas nos próximos pleitos como candidato;Bolsonaro continua tendo direitos políticos, podendo, por exemplo: votar em candidatos, plebiscitos e referendos, assinar projetos de lei de iniciativa popular a serem enviados ao Congresso e assumir alguns cargos públicos não eletivos.O político inelegível, conforme a chamada Lei de Inelegibilidades, não pode se candidatar a cargos públicos. A lei estabelece essa restrição com o objetivo de proteger a probidade administrativa e a legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.A inelegibilidade não significa que Bolsonaro terá seus direitos políticos suspensos, que haverá perda ou cassação desses direitos.A Constituição brasileira proíbe expressamente a cassação de direitos políticos, mas permite a perda ou suspensão.Isso ocorre em casos como, por exemplo, o do brasileiro que tem a naturalização cancelada, ou do cidadão que fica em situação de incapacidade civil absoluta, que é condenado sem a possibilidade de recursos ou que se recusa a cumprir uma obrigação imposta a todos.O TSE não declarou a perda dos direitos políticos do ex-presidente.