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CPI dos Atos Golpistas pretende começar investigações a partir de financiadores

Apuração vai abranger também ataques à sede da PF e tentativa de explosão de caminhão-tanque no aeroporto de Brasília.

Por Redação em 01/06/2023 às 05:28:14
Apuração vai abranger também ataques à sede da PF e tentativa de explosão de caminhão-tanque no aeroporto de Brasília. Comissão já contabiliza 100 pedidos de quebras de sigilo. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro pretende começar as investigações a partir dos financiadores de ataques promovidos em Brasília, de acordo com a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

A abrangência, segundo a senadora, não se limitará apenas aos ataques de 8 de janeiro, que destruíram os palácios dos Três Poderes.

Também envolverá os ataques prévios que aconteceram à sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro de 2022, e também à tentativa de explodir um caminhão-tanque no aeroporto da capital, em 24 de dezembro.

O entendimento da base é que os três ataques estão interligados, e os dois primeiros foram uma espécie de preparativo para o que ocorreu em 8 de janeiro.

Com essa decisão da relatora, os primeiros requerimentos que devem ir à pauta para aprovação dos membros serão aqueles que envolvem a convocação e a quebra de sigilo dos suspeitos de serem financiadores, sejam física ou jurídica. As reuniões para votar requerimentos devem começar na semana que vem.

Até o momento, já foram enviados 100 requerimentos para quebras de sigilos de pessoas relacionadas aos ataques golpistas. Só nesta semana, foram 50 novos pedidos protocolados.

São pedidos de transferência de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático (reunião de todos os dados contidos em dispositivos eletrônicos, como celulares).

É com a quebra deste sigilo que é possível acessar as mensagens contidas em aplicativos de conversas, por exemplo.

As solicitações de quebra de sigilo foram feitas, em sua maioria, pelo PT e PDT, partidos que compõem a base do governo. O PSDB fez dois pedidos.

Houve pedidos para quebras de sigilo de:

Jair Bolsonaro, ex-presidente

Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

Ailton Barros, ex-militar ligado a Mauro Cid

Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI do governo Lula

José Eduardo Natale, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI

George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explodir um caminhão de combustível em Brasília

Wellington Macedo de Souza, também envolvido na tentativa de explodir o caminhão

Alan Diego dos Santos Rodrigues, também envolvido no caso dos explosivos

CPI dos Atos Golpistas recebe quase 400 requerimentos

Além desses, há alguns requerimentos de quebras de sigilos de pessoas que participaram dos ataques e que podem estar diretamente ligadas com parlamentares eleitos ou que ocupavam cargo legislativo, mas não se reelegeram. Eles teriam prestado serviços durante a campanha de 2022.

São pessoas com suspeita de relação com parlamentares.

Relatórios de inteligência financeira

Também foram apresentados oito pedidos de acesso a Relatórios de Inteligência Financeira, conhecidos como RIF, produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

Os RIFs são documentos produzidos quando o Coaf identifica movimentações consideradas suspeitas entre empresas ou pessoas físicas, que podem estar relacionadas a lavagem de dinheiro ou ocultação de bens. Os pedidos são para pessoas ligadas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: G1

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