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'Faxina' no GSI foi combinada por Cappeli com ministro da Defesa e comandante do Exército

Por Redação em 29/04/2023 às 11:49:19
Há tentativa nos bastidores de criar uma saia justa entre Cappeli e militares, como se o movimento do interino tivesse sido uma decisão unilateral. Ricardo Cappeli

Tom Costa/Ministério da Justiça

O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappeli, acertou previamente a “faxina" que faria no GSI a pedido do presidente Lula com o comandante do Exército, Tomás Paiva, e com a coordenação do ministro da Defesa, José Múcio.

Cappeli assumiu o órgão após a demissão do general Gonçalves Dias, que comandava o GSI e apareceu andando em meio a manifestantes nos ataques ao Palácio do Planalto de 8 de janeiro. Quase 90 servidores foram demitidos do GSI nesta semana.

Segundo o blog apurou, existe uma tentativa nos bastidores de criar uma saia justa entre Cappeli e militares, como se o movimento do interino tivesse sido uma decisão unilateral. Cappeli chamou Paiva e informou a respeito das demissões durante a semana, em lista com nomes para que o comandante do Exército pudesse analisar.

PERFIL: Quem é Ricardo Cappelli, novo chefe interino do GSI após demissão de Gonçalves Dias

Ricardo Cappelli, nome de confiança do ministro da Justiça, Flávio Dino - e, agora, também da confiança de Lula -, tem excelente trânsito com militares há anos. Além de amigo de Aldo Rebelo, que foi ministro da Defesa, tem excelente relação com o general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro. Eles trabalharam juntos durante o governo Dilma, quando o general assumiu a Autoridade Pública Olímpica e o interino do GSI estava no ministério do Esporte.

Além dos militares, Cappeli tem, hoje, o apoio e a confiança do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que, inclusive, já defendeu que Cappeli seja efetivado no GSI.

A fala de Andrei, que ocorreu em evento público na semana passada, é mais um capítulo da guerra nos bastidores entre bolsonaristas que ocupam o GSI e que foram indicados para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e setores da PF.

Andrei, por exemplo, foi um dos primeiros a avisar ao presidente e também a Dino que era preciso tirar a segurança presidencial do GSI, além de retirar a Abin do GSI. Ele recomendou essas medidas no relatório de transição, e as mudanças só foram efetivadas após a tragédia do 8 de janeiro.

Sobre a Abin, setores da PF têm criticado indicações de Luiz Fernando Correa para integrar a agência. São nomes que trabalharam no governo Bolsonaro, na PF.

No Senado, Correa teve a sabatina adiada no fim de março exatamente por conta desses nomes de diretores. A expectativa do Planalto é de que a sabatina do indicado para Abin ocorra nas próximas semanas.

Fonte: G1

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