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CÂNCER DE TESTÍCULO

Por Redação em 24/04/2023 às 19:12:58
Práticas de autocuidado pouco adotadas no universo masculino podem evitar diversas doenças, entre elas o surgimento de tumores Diferentemente do universo feminino, pouco se fala sobre a importância do autocuidado para a saúde do homem. Deixada de lado com a desculpa da vida agitada do trabalho, a saúde deve receber a atenção devida e fazer parte da rotina masculina. Com alta incidência em jovens de 15 a 40 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de testículo pode ser notado pelo paciente, com um simples toque na região da bolsa testicular. O autoexame pode ser ensinado ainda na infância e deve fazer parte da rotina dos adolescentes e adultos jovens.

O câncer de testículo representa 5% dos tumores que afetam o sexo masculino e, por incidir nos homens em auge de idade produtiva (ou de força de trabalho) e reprodutiva, é um tumor que, apesar da baixa incidência, tem grandes repercussões socioeconômicas. Sua suspeita se faz devido a um crescimento rápido e geralmente indolor de um dos testículos, bem como aparecimento de áreas endurecidas e nodulares. Diante da suspeita de alterações, um médico deve ser rapidamente consultado.

Consultas regulares visam a detecção precoce de várias doenças, dentre elas o câncer de testículo e quando se diz a respeito deste câncer por si, o autoexame é um grande aliado na deteção em estágios iniciais da doença. “O autoexame pode e deve ser orientado pelo médico durante as consultas de rotina, mas basicamente consiste na palpação com as duas mãos da bolsa testicular e dos testículos de forma individual a procura de nódulos, regiões endurecidas ou dolorosas, geralmente após o banho quente e em frente ao espelho - devido ao relaxamento da região - ou ao deitar-se para dormir”, explica o urologista Fernando Leão, da Oncomed-MT (CRM 10511-MT / RQE 4853).

Dr. Fernando Leão, urologista

Reprodução

Em casos iniciais, os tratamentos restringe-se à orquiectomia radical, cirurgia que consiste na retirada do testículo acometido e que geralmente não impacta nem na fertilidade nem na produção hormonal do paciente. Em casos mais avançados, pode ser necessária a realização de quimioterapia ou radioterapia, bem como outras cirurgias. Em todos eles, os riscos de infertilidade são avaliados individualmente e discutidos entre médico e paciente.

Causas e riscos - A criptorquidia, alteração genital mais comum da infância, na qual o testículo encontra-se posicionado fora da bolsa testicular, é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de testículo. Esta condição deve ser corrigida ainda na infância, reduzindo as chances do desenvolvimento da doença. A azoospermia, ausência de espermatozoides no líquido seminal, é outro fator de risco, possivelmente ligado à má formação e funcionamento testicular.

O tabagismo, uso de entorpecentes e, dentre estes principalmente da maconha, também são fatores de risco importantes. “É necessário reforçar que não existem medidas que evitarão, com certeza absoluta, o desenvolvimento desse ou outros cânceres, porém a adoção de hábitos saudáveis de vida, o controle adequado do peso, a prática de atividades esportivas regulares, alimentação equilibrada e sem excessos de embutidos e industrializados, bem como evitar o consumo de álcool, do tabaco e de outras drogas, já são medidas muito bem estabelecidas como maneiras eficazes para se diminuírem as chances de desenvolvimento não só do câncer, mas também de diversas outras doenças”, finaliza.

Diretor técnico responsável: Marcelo Benedito Mansur Bumlai CRM-MT 2663

Fonte: G1/MT

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