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Imagens reforçam conduta atípica do governo Bolsonaro na tentativa de resgatar joias, diz Dino

Por Redação em 09/03/2023 às 13:44:50
TV Globo, g1 e GloboNews revelaram, nesta quarta, vídeos que mostram militares tentando liberar presentes não declarados à Receita no Aeroporto de Guarulhos. PF investiga o caso. Joias dadas pelo governo da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro

Wilton Júnior/ Estadão

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (9) que as imagens reveladas pela TV Globo de aliados tentando resgatar as joias enviadas pela Arábia Saudita ao governo Jair Bolsonaro – e retidas pela Receita por não terem sido declaradas – reforçam a conduta atípica da antiga gestão.

Em outubro de 2021, André Soeiro, ex-assessor do governo, tentou, de forma ilegal, entrar no Brasil com as joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, sem declará-las à Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos (SP).

“As imagens se somam a um conjunto que já é muito eloquente. É claro que esse conjunto é bem revelador de práticas atípicas e as imagens dão ainda mais concretude, mais clareza, mais nitidez quanto à atipicidade, à anormalidade desses procedimentos e evidentemente a PF vai trabalhar a partir de todos esses elementos”, afirmou.

Bento Albuquerque diz a auditores da Receita Federal que joias eram para Michelle Bolsonaro

Auditores da Receita encontraram os itens na bagagem do então assessor Soeiro durante a inspeção. Em um primeiro momento, Soeiro afirmou que as joias seriam para Bento Albuquerque.

Na sequência, mudou a versão e disse que os itens eram para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que este havia sido representado pelo ex-ministro em viagem à Arábia Saudita.

Diante do impasse, Soeiro acionou Bento Albuquerque, que foi até o local da inspeção no aeroporto.

Vídeo mostra enviado de Bolsonaro tentando retirar joias do Aeroporto de Guarulhos

Para Dino, as provas já encontradas sobre o episódio mostram que "houve uma tramitação que não era exatamente aquilo que a norma mandava".

"Se de um lado fosse patrimônio público, é claro que ele não poderia ter destino privado e, se isso ocorreu, obviamente se configura o crime de peculato. Por outro lado, se fosse patrimônio privado, ou seja, não fosse destinado ao patrimônio público, é claro que sendo patrimônio privado o ingresso deve ser acompanhado do pagamento de impostos devidos", explicou.

Entenda o caso das joias que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente para o Brasil

Fonte: G1

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