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Há 2 anos, Departamento de Justiça dos EUA iniciou investigação para encontrar extremistas que invadiram o Congresso americano


Donald Trump e Jair Bolsonaro, ex-presidentes do Estados Unidos e do Brasil, respectivamente, têm muito em comum: os dois alimentaram teorias que questionavam o processo eleitoral e também não se conformaram com a derrota nas urnas. Há dois anos, Departamento de Justiça dos EUA investiga envolvidos em invasão ao Capitólio

Nos Estados Unidos, dois anos atrás, o Departamento de Justiça deu início a uma investigação minuciosa para encontrar os extremistas que invadiram o Congresso de lá e todos eles estão sendo punidos.

6 de janeiro de 2021: apoiadores do então Donald Trump invadiram e depredaram o Capitólio quando os congressistas certificavam a vitória de Joe Biden nas urnas. Cinco pessoas morreram e 140 policiais ficaram feridos.

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No dia do atentado, Trump fez um discurso dizendo:

"Vamos marchar até o Capitólio. Se não lutarmos com toda força, não teremos mais um país".

No dia seguinte ao ataque à democracia americana, Jair Bolsonaro afirmou:

“Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter um problema pior do que o dos Estados Unidos".

Trump e Bolsonaro têm muito em comum: os dois alimentaram teorias que questionavam o processo eleitoral e também não se conformaram com a derrota nas urnas. Por várias vezes, o ex-presidente do Brasil levantou dúvidas sobre a lisura das urnas eletrônicas, comprovadamente seguras e com as quais ele mesmo foi eleito em 2018.

Por trás dos dois, o estrategista de extrema direita Steve Bannon, que nesta segunda-feira (9) publicou em uma rede social:

"Os brasileiros ainda aguardam uma resposta sobre o resultado da eleição”.

Bannon foi acusado de incentivar a invasão ao Capitólio e condenado a quatro meses de prisão por se recusar a depor a uma Comissão Especial da Câmara. Ele ainda está recorrendo em liberdade.

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Logo depois do ataque ao Congresso, o Judiciário abriu a maior investigação da história americana para encontrar os responsáveis; ouviu milhares de testemunhas e usou imagens de câmeras de segurança e das redes sociais para identificar os suspeitos. Também rastreou grupos na internet para encontrar os organizadores do ataque.

Em dois anos, mais de 900 pessoas foram acusadas; 522 já foram condenadas. Entre os que receberam as maiores penas estão Nicholas Ochs e Nicholas Decarlo, do grupo de extrema-direita Proud Boys, que ajudou a organizar a invasão. Os dois foram condenados a quatro anos de prisão em regime fechado, seguidos de mais três anos em liberdade condicional.

O professor Larry Tribe, da Universidade Harvard, considera as punições fundamentais para desencorajar novos atos antidemocráticos:

“É extremamente importante responsabilizar quem conspira contra os resultados de uma eleição legítima. Eles têm pagar. Não apenas os soldados rasos, mas aqueles que tramam e organizam o complô. Se os verdadeiros responsáveis não forem punidos, pessoas como Bolsonaro podem se sentir encorajadas a tentar derrubar o resultado da eleição”.

O professor também disse que o episódio em Brasília é um exemplo do que acontece quando só há punição para quem sai às ruas, e não para os conspiradores.

“Certamente estou falando de Donald Trump. Ele conspirou para derrubar o governo”, afirmou.

A Comissão Especial da Câmara investigou, durante 18 meses, o papel do governo Trump na invasão. Depois de ouvir mais de mil testemunhas, recomendaram que o ex-presidente seja processado por crimes de conspiração, obstrução de justiça e por incitar uma insurreição, e que ele jamais volte a concorrer a um cargo público. Agora, cabe ao Departamento de Justiça decidir se vai processar Trump.

G1

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