Em Kiev, uma equipe de trabalhadores de emergĂȘncia vasculhava os destroços de uma casa destruĂda por uma explosão, e imagens mostraram rastros de fumaça de mĂsseis no céu sobre a capital. Em Kharkiv, os bombeiros trabalhavam para extinguir um incĂȘndio em uma estação de eletricidade.
"BarbĂĄrie sem sentido. Essas são as Ășnicas palavras que vĂȘm à mente ao ver a RĂșssia lançar outra série de mĂsseis contra cidades ucranianas pacĂficas antes do ano novo", disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.Os militares da Ucrânia informaram que derrubaram 54 mĂsseis de 69 lançados pela RĂșssia em um ataque que começou às 7h, horĂĄrio local. Sirenes de ataque aéreo soaram por todo o paĂs. Em Kiev soaram por cinco horas, em um dos alarmes mais longos da guerra.
"Esta manhã, o agressor lançou mĂsseis de cruzeiro aéreos e marĂtimos, mĂsseis guiados antiaéreos e S-300 ADMS em instalações de infraestrutura de energia de nosso paĂs", detalhou o general ucraniano Valery Zaluzhny, no Telegram.
O brigadeiro-general Oleksiy Hromov, das Forças Armadas da Ucrânia, disse que os mĂsseis foram disparados contra "instalações vitais e de infraestrutura de energia nas regiões leste, centro, oeste e sul".
Os ataques seguiram-se a um ataque durante a noite por drones "kamikaze". A RĂșssia realizou vĂĄrias ondas de ataques aéreos nos Ășltimos meses na infraestrutura crĂtica ucraniana, deixando milhões sem energia e aquecimento em temperaturas congelantes.
A Ășltima blitz veio logo após a rejeição do Kremlin de um plano de paz ucraniano, insistindo que Kiev precisa aceitar a anexação de quatro regiões ucranianas pela RĂșssia.
Moscou nega alvejar civis, mas a Ucrânia diz que bombardeios diĂĄrios estão destruindo cidades, vilas e a infraestrutura elétrica, médica e outras do paĂs.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em um discurso em vĂdeo, pediu aos ucranianos que abracem seus entes queridos, digam aos amigos que gostam deles, apoiem colegas, agradeçam a seus pais e se alegrem com seus filhos com mais frequĂȘncia.
"Não perdemos nossa humanidade, embora tenhamos passado meses terrĂveis", disse ele. "E não vamos perdĂȘ-la, embora haja um ano difĂcil pela frente."
A RĂșssia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, no que o presidente Vladimir Putin chama de "operação militar especial" para desmilitarizar o paĂs vizinho. Kiev e seus aliados ocidentais classificam as ações da RĂșssia como uma apropriação de terras de estilo imperialista.
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Fonte: EBC