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Irmão de Sara Giromini acredita em prisão planejada por ela: 'Quer sair chamada de presa política'

Por Redação em 15/06/2020 às 18:49:55

Extremista foi presa pela Polícia Federal nesta segunda-feira (15), em Brasília, e é investigada por atos antidemocráticos. Diego Giromini diz que objetivo da irmã sempre foi 'fama, dinheiro e poder'. Irmão de Sara Giromini, Diego vê prisão da ativista como planejada

Arquivo pessoal

O motorista particular Diego Giromini afirmou nesta segunda-feira (15), em São Carlos (SP), que a prisão da sua irmã, a extremista Sara Fernanda Giromini, que adotou o pseudônimo Sara Winter, foi planejada por ela para sair como vítima de uma prisão política.

"Eu tenho certeza que ela quer sair de lá chamada de presa política. Ela conseguiu ficar mais famosa do que ela era. O objetivo dela sempre foi fama, dinheiro e poder", disse ao G1 em entrevista por telefone.

Procurada para comentar as declarações de Diego Giromini, a advogada de Sara não havia retornado até a última atualização desta reportagem.

A extremista foi presa pela Polícia Federal nesta segunda-feira (15), em Brasília, e é investigada por exercer atos antidemocráticos. A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Sara é chefe do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo se define como militância organizada de direita e foi responsável por um acampamento montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana.

"Prisão pensada"

A ativista Sara Fernanda Giromini

Reprodução/Facebook

Diego Giromini disse acreditar que a prisão de Sara foi "pensada" para chamar a atenção e que ela deve sair em menos de uma semana. A prisão é temporária – vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.

"Em três dias ela está na rua, é tudo calculado. Ela faz tudo isso porque ela já sabe o quanto ela vai ficar presa", disse.

O motorista disse ainda que achou a prisão um ato necessário, mas preferia que ela fosse encaminhada à psiquiatria para tratamento.

"Como eu quero um Brasil melhor, eu dei glória a Deus. Uma pessoa assim, com a agressividade dela, com os distúrbios todos que ela tem, não pode viver em sociedade", afirmou.

Relação conflitante

A apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, Sara defende o armamento da população e já publicou nas redes sociais fotos com revólveres

Sara Fernanda Giromini/Twitter/Reprodução

Diego Giromini contou ao G1 que a relação com a irmã sempre foi conflitante, porque desde a pré-adolescência ela sempre se mostrou "rebelde" e não aceitava ouvir "não" dos pais.

"Ela saiu de casa com 16 anos, mas ela vinha uma vez por mês na casa dos meus pais", contou.

Para o irmão, a associação ao movimento extremista, assim como a luta feminista ao lado do grupo radical ucraniano Femen, é por interesse.

Família

Diego Giromini diz que não tem mais nenhum contato com a irmã desde que Sara disse que ele era usuário de drogas.

O motorista disse, entretanto, que Sara mantém contato constante com a mãe. Isso porque o filho da extremista mora com os pais dela, em São Carlos.

Diego Giromini disse que não sabe qual a reação dos pais ao saber da prisão de Sara.

"Eu acordei com um telefonema, mas na casa da minha mãe é proibido falar o nome da Sara. Então, eu não sei se o resto da família está sabendo. Eu creio que ela não quer nem saber, então a gente nem entra no assunto", disse.

Liderou ato em frente ao Supremo

30 de maio - Sara Fernanda Giromini durante ato 'Chamas da Liberdade', do grupo 300 do Brasil, em frente ao Supremo Tribunal Federal, Brasília

Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

A prisão de Sara ocorreu no âmbito do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos. A Procuradoria-Geral da República fez o pedido das prisões na sexta-feira (12). A autorização foi assinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes neste domingo (14).

Recentemente, Sara liderou em uma manifestação com referências a grupos neonazistas e de supremacistas brancos americanos, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Os manifestantes marcharam, à noite, vestidos de preto, com máscaras e empunhando tochas de fogo, gritando palavras de ordem contra o ministro Alexandre Moraes, seguindo até a Praça dos Três Poderes, em frente ao STF.

Sara também esteve envolvida com a organização feminista Femen, da Ucrânia, mas mudou de postura em 2013, quando voltou para São Carlos, no interior de São Paulo, para recomeçar. Ao G1 ela afirmou buscar um grupo antiviolência.

Em 2017, em outra entrevista ao G1, classificou o feminismo como o "movimento mais intolerante que já conheceu".

Veja mais notícias da região no G1 São Carlos e Araraquara.

Fonte: G1

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