Dupla ficou hospedada no monumento em 1960, a convite de Juscelino Kubitschek, e compôs hit da bossa nova. Por meio de óculos especiais, público pode viajar na história, ocorrida durante a construção de Brasília; entrada é gratuita. Foto de divulgação de "Água de beber"
Divulgação
O berço da bossa nova é o Rio de Janeiro, mas Brasília é figura essencial na composição de um grande sucesso do gênero: "Água de beber", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. A música foi escrita pela dupla em 1960, enquanto os músicos estavam hospedados no Catetinho, primeira residência oficial do presidente da República na capital, a convite de Juscelino Kubitschek.
Em comemoração dos 66 anos do palácio, o Museu do Catetinho exibe, nesta quarta (9) e quinta-feira (10), a estreia do filme em realidade virtual "Água de beber". O curta de ficção conta o processo de Tom e Vinicius para compor a música, na época da construção da nova capital. A entrada é gratuita.
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O filme, realizado pela dupla de diretores brasilienses Filipe Gontijo e Henrique Siqueira, conta com a participação do ator Adriano Siri, da companhia de comédia Melhores do Mundo, dando vida a Vinicius de Moraes. Já João Gott interpreta Tom Jobim. A obra também conta com a presença de Tauã Franco.
O filme, de oito minutos, será exibido ao longo de quarta e quinta, das 9h às 17h. São permitidas quatro pessoas por sessão, devido à quantidade de óculos de realidade virtual disponíveis.
No entanto, após a estreia, o filme segue para mostras brasilienses que ocorrem neste final de ano, nos seguintes locais e datas:
Museu Vivo da História Candanga
Quando: 23 a 26 de novembro
Horário: das 9h às 17h
Panteão da Pátria, Praça dos Três Poderes
Quando: 1º a 4 de dezembro
Horário: das 10h às 18h
Água de beber
Homem assistindo ao filme "Água de beber" com óculos VR
Divulgação
O filme recria o episódio em que Tom Jobim e Vinicius de Moraes vieram a Brasília, em setembro de 1960, quando estavam encarregados pela criação da Sinfonia do Alvorada, obra orquestral planejada para a inauguração da cidade.
Segundo relatos, hospedada no Catetinho, a dupla caminhava ao redor do palácio quando ouviu um barulho de água. O som vinha dos fundos da construção de madeira.
Os músicos teriam perguntado ao vigia: "Mas que barulho de água é esse aqui?". O funcionário então respondeu: "Vocês não sabem não? É água de beber, camará".
Surgia assim a inspiração para um "clássico" da bossa nova, que seria regravado por artistas como Sergio Mendes, Al Jareau e Frank Sinatra.
Segundo a gerente do Museu, Artani Pedrosa, o projeto contribui de forma inovadora para a valorização e preservação do patrimônio nacional.
“Conhecer nossas referências culturais, relembrar nossas memórias, é um passo importante para preservação do patrimônio histórico, pois confere identidade e sentido de pertencimento. Esta é uma forma nova e memorável de mergulhar na história do Catetinho e sentir o clima de esperança do período de construção de Brasília", diz.
Programe-se
Estreia do filme "Água de beber"
Quando: terça (9) e quarta-feira (10)
Horário: das 9h às 17h
Local: Museu do Catetinho
Telefone: (61) 3338-8803
De graça
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