Candidato à reeleição, presidente ficou atrás de Lula em Minas Gerais e busca votos para vencer no segundo turno. Pela agenda, Bolsonaro também irá a Montes Claros nesta terça. Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou na tarde desta terça-feira (17) em Juiz de Fora (MG). Esta é a segunda vez que Bolsonaro vai à cidade nas eleições deste ano.
O segundo turno está marcado para o próximo dia 30, e, com 16,2 milhões de eleitores, Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país, atrás somente de São Paulo (34,6 milhões).
No primeiro turno, conforme a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro ficou atrás do ex-presidente Lula (PT) em Minas Gerais. Ao todo, o atual presidente da República recebeu 5,2 milhões de votos (43,6%), enquanto Lula recebeu 5,8 milhões de votos (48,2%).
No 1º turno da eleição presidencial, Bolsonaro obteve 121.945 votos (38,41%), sendo o segundo candidato mais votado. Ele ficou atrás do candidato do PT, Lula, que obteve 167.048 votos (52,62%) dos votos. (veja como foi a votação na cidade)
Nesta terça, Jair Bolsonaro desembarcou por volta das 12h no Aeroporto da Serrinha, onde se encontrou com pastores evangélicos, participou de gravações e discursou para um pequeno grupo de apoiadores.
Após o discurso no Aeroporto da Serrinha, Bolsonaro cumprimentou e tirou foto com apoiadores. Ele também participou de um passeio de moto pelas ruas da cidade.
Em seguida, o presidente subiu em um trio elétrico e discursou para eleitores na Praça da Estação, local onde tradicionalmente se reúnem os movimentos de esquerda na cidade para protestos, manifestações ou atos de campanha dos partidos.
Esta foi a terceira vez que Bolsonaro voltou a Juiz de Fora depois do atentado sofrido durante ato de campanha em 2018.
Lançamento da campanha 2022
No dia 16 de agosto o presidente lançou a campanha à reeleição ao Palácio do Planalto, em Juiz de Fora. Na ocasião, ele discursou em um trio elétrico entre as ruas Halfeld e Batista de Oliveira, próximo ao local onde sofreu a facada na campanha anterior.
No discurso, transmitido em uma rede social do presidente, ele criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) e disse que o Brasil "até pouco tempo era roubado pela 'esquerdalha' que estava no poder".
"O Brasil é uma grande nação, é um grande país, mas que até pouco tempo era roubado pela 'esquerdalha' que estava no poder. O nosso país não quer mais corrupção. O nosso país quer ordem e prosperidade", disse o presidente.
Bolsonaro afirmou também que o governo "não errou" durante a pandemia da Covid-19, que matou mais de 681 mil pessoas no Brasil.
A condução da crise sanitária pelo Executivo foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, que atribuiu 9 crimes a Bolsonaro. A CPI da Covid pediu o indiciamento de Bolsonaro pelos supostos crimes de epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo e incitação ao crime, entre outros.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento de sete das dez apurações preliminares sobre Bolsonaro abertas a partir das conclusões da CPI.
No lançamento da campanha, Bolsonaro estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro; do general Braga Netto, candidato a vice na chapa que encabeça; e do senador Carlos Viana (PL-MG), então candidato do PL ao governo de Minas Gerais.
Presidente Bolsonaro inicia campanha à reeleição em Juiz de Fora
Congressistas mineiros e o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidenciável, também acompanharam Bolsonaro na agenda na Zona da Mata de Minas.
O início da campanha em Minas Gerais também foi uma estratégia da equipe de Bolsonaro para tentar melhorar o desempenho eleitoral do candidato do PL no Sudeste. O estado foi o único da região em que o ex-presidente Lula foi mais votado que o presidente Bolsonaro.