Antes da derrubada das árvores, é realizado um estudo para identificar quantas espécies existem na floresta e se a falta daquele indivíduo vai prejudicar a perpetuação da espécie. Manejo sustentável das florestas de Mato Grosso é realizado para que a madeira seja importada para outros países
Marcos Vergueiro / Secom-MT
Um programa que apresenta manejo sustentável das florestas foi realizado nessa quinta-feira (14), em Santa Carmem, a 493 km de Cuiabá. O objetivo é minimizar os impactos ambientais para que a madeira seja exportada para outros países.
Compartilhe esta notícia no WhatsApp
Compartilhe esta notícia no Telegram
Conforme o engenheiro florestal Frank Rogério de Souza Almeida, antes da árvore ser derrubada, é preciso fazer um estudo da área para identificar e classificar cada uma.
"Nós temos um estudo que é feito na área. Dentro deste inventário é medido a circunferência, altura e é identificado a espécie. Todos esses dados são lançados em um software e esse sistema sabe se a árvore já atingiu a maturidade ou não. Também é feito o cálculo de quantas árvores daquela espécie existe naquela área para saber se aquela população é suficiente para se manter, se nós podemos colher as árvores adultas e quantas nós precisamos deixar dentro da floresta para a perpetuação da espécie", explicou.
Antes das árvores serem cortadas, é realizado um estudo para identificar a espécie
Reprodução/TVCA
Essa foi a terceira edição do 'Dia na Floresta, um evento organizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).
De acordo com o presidente do Cipem, embaixadores de outros países que compram madeira brasileira também participaram do evento que apresentou o manejo florestal sustentável em Mato Grosso.
"O evento é para esclarecer ao público externo como é feito o nosso trabalho em Mato Grosso. Desta vez nós trouxemos as embaixadas dos países importadores de madeira para mostrar o manejo e a sustentabilidade dos nossos produtos", disse.
A cadeia produtiva de base florestal representa a economia de 44 munípios do estado localizados em 53% do território que é coberto por Floresta Amazônica.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, com a técnica é possível garantir renda e, principalmente, baixo impacto para o meio ambiente.
"Do ponto de vista ambiental, o manejo florestal sustentável tem um impacto extremamente reduzido. o manejo é a colheita das árvores madura. Para se ter uma ideia, em um hectare, a média é que se retire duas ou três árvores. Então nós estamos falando de uma colheita de poucos indivíduos, o que vai permitir que essa floresta cresça, amplie a sua produtividade e com isso nós conseguimos conservar o recurso natural de uma forma em que o impactos seja mínimo ao meio ambiente e garanta a manutenção da floresta", contou.
