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AuxĂ­lio Brasil: busca pelo benefĂ­cio cresce, e São Paulo tem maior fila entre estados; veja ranking

Por Redação em 13/07/2022 às 17:16:45
No mês de abril, havia 429.484 famílias no estado que atendiam aos requisitos para receber o benefício, mas não tiveram acesso a ele. Fila vem crescendo em todo o país. Auxílio Brasil

André Melo Andrade/Immagini/Estadão Conteúdo

São Paulo tem a maior fila de famílias à espera do Auxílio Brasil entre os estados brasileiros. É o que mostra o último estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM). No mês de abril, havia 429.484 famílias no estado, num total de 935.539 pessoas, que atendiam aos requisitos para receber o benefício, mas ainda não tinha obtido acesso a ele.

O estado, o mais populoso do país, responde por cerca de 15% do total de famílias na fila pelo benefício no Brasil: 'zerada' no início deste ano, segundo o Ministério da Cidadania, essa fila tinha, em abril, 2.788.362 famílias: mais de 5 milhões de pessoas que atendiam aos requisitos, mas não tinham acesso ao auxílio.

Essa demanda reprimida representa um crescimento de 113% em relação a março, quando o número de famílias à espera era de 1.307.930 – ou seja, a fila mais que dobrou de tamanho de um mês para o outro, enquanto milhões de brasileiros buscam acesso ao benefício em meio ao desemprego e à alta de preços.

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Quem pode receber?

Para receber o benefício, as famílias precisam atender às condições do programa e estar inscritas no Cadastro Único. Não é preciso se inscrever para o benefício: o governo avalia dentro do CadÚnico os elegíveis. A demanda reprimida, assim, leva em conta o número de inscritos no cadastro que se enquadram para o recebimento.

A fila nos estados

O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar no ranking da fila dos estados, seguido pela Bahia. Assim, o Sudeste (981 milhões de famílias) e o Nordeste (963 milhões de famílias) são as regiões com maior demanda reprimida.

Veja nos gráficos abaixo:

Como crescem as filas?

Na passagem de março para abril, as regiões Norte e Centro-Oeste tiveram os maiores crescimentos percentuais na fila. Na região Norte, a demanda reprimida de março para abril cresceu 233%, e na região Centro-Oeste, o aumento foi de 140%.

Entre os estados, o com maior crescimento da demanda reprimida na passagem de março para abril foi Rondônia, chegando a 321%: passou de 5.939 em março para 25.026 famílias em abril, seguido do Pará, com 194% (de 61.445 para 180.370) e Roraima, com 188% (de 3.642 para 10.485).

Já o local com menor crescimento da demanda reprimida é o Distrito Federal, com alta de 49%: a fila passou de 9.011 para 13.392 famílias, seguido de Santa Catarina, com 69% (de 24.429 para 41.359). São Paulo tem a maior demanda reprimida, mas o crescimento foi de 81% entre março e abril.

Número se aproxima de dezembro de 2021

O estudo mostra ainda que o número de famílias que poderiam estar recebendo o Auxílio Brasil – mas não estão – é próximo ao patamar registrado em dezembro do ano passado. As cerca de 3 milhões de famílias que esperavam pelo benefício no final de 2021 foram incluídas no programa, praticamente zerando a fila em janeiro deste ano, logo após o governo transformar o Bolsa Família em Auxílio Brasil.

O número também é maior que a demanda por acesso ao programa (então chamado de Bolsa Família) em julho de 2021: 2,41 milhões de famílias. Em novembro do mesmo ano, já havia saltado para 3,18 milhões, uma alta de 32% no período.

Após o virtual 'fim' da fila em janeiro, no entanto, em fevereiro já havia mais de um milhão de famílias aguardando acesso ao benefício – número que só vem aumentando desde então (veja no gráfico abaixo).

O g1 questionou o Ministério da Cidadania sobre o tamanho da fila de espera pelo Auxílio Brasil e a previsão para que essa população venha a ser atendida, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

20,9 milhões de famílias deveriam estar no programa

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O estudo mostra que, em julho de 2021, havia mais de 25 milhões de famílias no Cadastro Único, e aproximadamente 19,1 milhões atendiam aos requisitos para receber o benefício. Ou seja, 76% das famílias brasileiras inscritas no CadÚnico deveriam estar incluídas no programa de transferência de renda. No entanto, o número de beneficiários era de 16,7 milhões, segundo a CNM.

Já em novembro, 17,6 milhões de famílias tinham perfil para estar no programa social, mas apenas 14,5 milhões recebiam a transferência de renda. Em comparação a julho, há uma queda de 2,18 milhões de beneficiários. E a demanda reprimida era de quase 3,2 milhões de famílias – acréscimo de 773,5 mil famílias em relação ao mês de julho.

Em janeiro, o número de famílias beneficiadas passou para 17,5 milhões. Segundo a CNM, o ideal seria que o programa tivesse naquele mês mais de 18 milhões de famílias contempladas para zerar a fila. Com isso, a demanda reprimida chegou a perto de meio milhão de famílias.

Em fevereiro, houve a inclusão de mais de 451 mil famílias no Auxílio Brasil, chegando a 18,017 milhões. No entanto, o ideal seria que o número fosse de 19,1 milhões, ou seja, a demanda reprimida chega a 1,05 milhão de famílias. Com isso, o número de famílias que deveriam estar no programa se igualou ao de julho de 2021.

Já em abril houve aumento de demanda reprimida a uma velocidade que aproxima os dados do patamar de antes da migração do Bolsa Família para o Auxílio Brasil, que era de 3,1 milhões de famílias.

De março para abril, houve aumento real de 1,48 milhão de famílias à espera do benefício, ou seja, a fila mais que dobrou em um mês (de 1,307 milhões para 2,7 milhões, faltando pouco mais de 401 mil famílias para se atingir o patamar anterior à transição do Bolsa para o Auxílio). De acordo com os dados, o ideal seria que o número de famílias contempladas em abril fosse de 20,9 milhões.

Ainda de acordo com a confederação, enquanto em 2021 havia mais de 25 milhões de famílias cadastradas no Cadastro Único, neste ano o número já passa de 33 milhões.

A CNM destaca que a previsão orçamentária de R$ 89 bilhões para o pagamento do benefício não é mais suficiente para zerar a fila, e que nos três primeiros meses do ano mais de 30% desse total foi executado.

O estudo

Para a elaboração do estudo, foram usados dados do Cecad, ferramenta que possibilita a consulta, a seleção e a extração de informações do Cadastro Único (CadÚnico) e permite conhecer as características socioeconômicas das famílias e das pessoas incluídas no cadastro, além do Relatório de Informações Sociais (Sagi).

O CadÚnico é o principal instrumento para a seleção e a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais como o antigo Bolsa Família e o atual Auxílio Brasil.

O estudo usou os dados de quantidade de famílias e indivíduos inscritos no Cadastro Único que possuem perfil para o benefício social e dos beneficiários efetivos dos dois programas. Desse cruzamento chegou-se à demanda reprimida, ou seja, famílias que deveriam estar recebendo o benefício por estarem dentro do perfil dos programas, mas não foram incluídas.

Pessoas madrugam na fila do CRAS em Belford Roxo

Fonte: G1

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