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Comunidade faz protesto contra a instalação de centro de recuperação para dependentes químicos em MT

Por Redação em 25/05/2022 às 10:37:22
Moradores afirmam que o local não tem infraestrutura para a instalação do projeto. O assentamento está localizado às margens da BR-070, na zona rural de Cáceres, em região de fronteira com a Bolívia. Comunidade é contra a instalação do centro em área de assentamento em Cáceres (MT)

Divulgação

A comunidade do Assentamento Facão e Cinturão Verde, em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, não aceitou a instalação de um centro de recuperação para dependentes químicos na região onde moram e realizaram uma manifestação com faixas e cartazes nesta semana para impedir o avanço da construção no local.

O uso da área da Escola Municipal Vera Lígia Baldo foi cedido pela prefeitura de Cáceres por meio de decreto municipal publicado em março deste ano. O documento permitiu a doação da área pelo prazo de 10 anos para a instalação do centro de recuperação, vedando o uso para outra especificação.

A solicitação foi feita pelo vereador Isaías Bezerra por meio de uma indicação à prefeitura para que a Associação Filantrópica Nova Vida desenvolvesse as atividades na recuperação de dependentes químicos.

No entanto, mesmo com o decreto, a comunidade foi contra, e agora os envolvidos no projeto deverão procurar outro local para a instalação do centro.

Comunidade se reuniu para discutir sobre a instalação do centro de recuperação em Cáceres (MT)

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A decisão foi tomada nessa terça-feira (24) em reunião entre os moradores da comunidade, do secretário de planejamento Jerônimo Gonçalves, vereador Isaías e o presidente da Associação Filantrópica Nova Vida.

Segundo o secretário municipal de Planejamento, Jerônimo Gonçalves, apesar da área estar ociosa foi aceita a decisão dos moradores.

“A associação agora terá que procurar outro local para oferecer esse serviço. A prefeitura tem um papel social e é parceira dessas associações, mas também entendemos a não aceitação da comunidade e a necessidade de procurar outro local”, explicou.

Já o vereador Isaías disse que a comunidade firmou compromisso de ceder voluntariamente alimentos para a instituição que será instalada em novo local no próximo ano.

“Resolvemos ouvir a comunidade e fazer um combinado com eles para auxiliarem o projeto de forma voluntária. Falamos com o deputado federal dr. Leonardo para conseguir uma verba parlamentar de R$ 1 milhão para ajudar na construção do novo centro no ano que vem”, contou.

A comunidade Facão e Cinturão Verde está localizada às margens da BR-070, na zona rural de Cáceres, em região de fronteira com a Bolívia.

Segundo o presidente da comunidade Facão, Geovane Antônio Conceição Figueiredo, os moradores foram contrários a instalação do Centro de Tratamento, pois a região não oferece segurança e infraestrutura.

“O local escolhido possui apenas duas salas, não tem acesso à internet, telefone. Já temos também o problema de acesso, porque o Iphan proibiu a manutenção de um trecho da estrada por entender que é um sítio arqueológico. Não somos contra o centro, só entendemos que ali não é um local adequado”, pontuou.

O presidente da Associação Nova Vida, Fábio Deluqui, não quis se manifestar por estar se sentido abalado com a decisão da comunidade.

Fonte: G1/MT

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