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Após morte de policial por picada de jararaca em MT, defensoria pede que Saúde abasteça hospital com soro antiofídico em 15 dias

Por Redação em 04/05/2022 às 10:17:58
A providência, solicitada via ofício, busca evitar mortes como a da policial penal, Luciene Santos, 44 anos, ocorrida no dia 25 de abril. Medida foi pedida após uma policial penal morrer picada por jararaca

Thiago Malpighi

A Defensoria Pública de Mato Grosso, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, solicitou às secretarias de Saúde estadual e municipal que, em 15 dias, abasteçam o Hospital Municipal local com doses de soro antiofídico contra picada de cobra jararaca, em quantidade suficiente para atender a população.

A providência, solicitada via ofício, busca evitar mortes como a da policial penal, Luciene Santos, 44 anos, ocorrida no dia 25 de abril.

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Ela foi picada por uma jararaca na zona rural de Campo Verde, como o município não tem o soro antiofídico para a espécie em sua rede, Luciene foi levada para Rondonópolis, a 138 km de sua cidade.

Ao dar entrada no Hospital Regional de Rondonópolis, no entanto, os médicos informaram que ela já tinha complicações renais e necessitava de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia seguinte à picada, o quadro dela só se agravou e a agente não resistiu.

Policial penal foi picada por uma jararaca na casa onde mora

Reprodução

Veneno

Para evitar que o veneno se espalhe pela corrente sanguínea e cause a morte, é necessário o uso do antiofídico, logo após a picada. O produto funciona para bloquear o envenenamento e a falência dos órgãos.

Ofício

No ofício encaminhado ao Estado, a defensora pública que atua na comarca, Tânia Vizeu, afirma que garantir o fornecimento do soro na cidade é fundamental para salvar vidas, diante das graves estatísticas.

Tânia ainda solicita ao estado dados oficiais sobre o número de pessoas vítimas de picadas de cobras, por espécie, nos últimos cinco anos em Campo Verde; quantas foram vítimas de picadas de animais peçonhentos no geral; quantas precisaram do soro antiofídico para jararaca e se foi necessário pedir socorro em outros municípios.

À secretaria de Saúde do município, a defensora pede que informe qual lugar o município ocupa no ranking estadual e nacional de registros de picadas de cobras; quais os motivos de não ter o bloqueador do veneno para jararaca no local; quais providências o município já tomou para resolver o problema da falta do medicamento acessível aos moradores locais; qual o motivo de ainda não ter e quantas doses seriam necessárias para garantir segurança dos moradores da zona urbana e rural.

Sentença Ignorada

Uma das vítimas de picada de jararaca em Campo Verde é uma criança de 7 anos, picada pela cobra quando era um bebê de nove meses. Ele vive na zona rural de Campo Verde com a família, e sobreviveu graças ao soro antiofídico, disponível à época. Porém, sofreu uma deformidade no dedo indicador da mão esquerda que tende a atrofiar o nervo, permanentemente, caso não seja operado.

A necessidade da cirurgia foi indicada por médicos ortopedistas que atenderam a vítima, em 2017, após a criança ter sido tratada com fisioterapia e outras alternativas, sem conseguir corrigir o problema. Desde então, a mãe do garoto tenta, sem sucesso, que o Sistema Único de Saúde (SUS) providencie a cirurgia para a correção do dedo do filho.

Fonte: G1/MT

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