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Economia

Governador da Flórida assina lei para acabar com estatuto de autogoverno da Disney


Decisão tem relação com disputa sobre uma lei que proíbe o ensino de assuntos relacionados à orientação sexual e identidade de gênero no ensino fundamental. Parque da Disney em Orlandoem foto de 202

Gregg Newton/AFP

O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou nesta sexta-feira (22) uma lei para acabar com o estatuto que permite à gigante do entretenimento Disney atuar como um governo local na região onde instalou seu parque de atrações em Orlando.

Essa mudança legislativa, aprovada pelo Parlamento estatal nesta semana, é consequência de uma disputa política entre o líder republicano e a empresa nas últimas semanas.

DeSantis aprovou em março uma lei que proíbe o ensino de assuntos relacionados à orientação sexual e identidade de gênero no ensino fundamental.

A decisão, parte de uma batalha cultural empreendida por líderes republicanos nos Estados Unidos, não provocou uma resposta imediata da Disney, que se recusou inicialmente a comentar sobre a lei educacional da Flórida, onde emprega cerca de 75 mil pessoas.

Mas as críticas generalizadas por seu silêncio sobre o assunto levaram o diretor-executivo da empresa, Bob Chapek, a condenar a medida e suspender as doações políticas no estado.

Essas declarações irritaram DeSantis e provocaram a rápida aprovação da retirada do estatuto especial da Disney, que entrará em vigor em junho de 2023.

"(A Disney) é uma empresa com sede em Burbank, Califórnia, e usa seu poder econômico para atacar os pais do meu estado. Vemos isso como uma provocação e vamos lutar contra isso", declarou o governador ao assinar a lei, de acordo com a rede NBC.

O distrito especial da Disney, o Reedy Creek Improvement District, foi aprovado em 1967 pelos congressistas da Flórida para facilitar a construção do parque Walt Disney World perto de Orlando.

O parque ocupa um espaço de 100 km² e inclui duas cidades e terrenos nos condados de Orange e Osceola, no centro do estado.

Em virtude do acordo, a Disney administra o distrito como se fosse um governo local, arrecadando impostos e garantindo serviços públicos essenciais como coleta de lixo, tratamento de água, etc.

A decisão de anular o estatuto especial levantou dúvidas sobre o futuro da área onde está localizado.

Segundo as leis estaduais, se o distrito especial for dissolvido, seus bens e dívidas serão transferidos para os governos locais que circundam o território.

"Isso poderia repassar US$ 2 bilhões da dívida da Disney para os contribuintes" de Orange e Osceola, tuitou a senadora democrata Linda Stewart na quarta-feira.

G1

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