Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Jornal da Manhã

Alvo de ação na Câmara, Eduardo Bolsonaro se diz vítima de "discurso de ódio"


Quatro partidos protocolaram representação na Câmara contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL): PT, PCdoB, PSOL e Rede Sustentabilidade. As denúncias foram motivadas por um comentário feito por Eduardo em resposta a uma publicação da jornalista Miriam Leitão. O deputado disse: “Ainda com pena da cobra”, fazendo alusão à tortura sofrida por Miriam. Durante a ditadura militar, ela ficou trancada em uma sala com uma cobra quando estava grávida. O Conselho de Ética agora define se aceita ou não as denúncias contra o deputado. Em vídeo divulgado na internet, o deputado não explicou se estava se referindo ao episódio da ditadura, disse que não é extremista e mostrou vídeos e manchetes que, segundo ele, disseminam um discurso de ódio contra a família Bolsonaro.

“Sobre essa questão da cobra tem apenas a palavra da Miriam Leitão, dizendo que isso ocorreu. Agora se nós formos olhar os fatos daquele período histórico, dos 1960, 1970, eu queria saber onde é que está a indignação do pessoal que está me acusando de torturador e extremista quando explodiram a cabeça de um almirante e mataram o jornalista Regis com uma bomba no aeroporto de Guararapes”, disse Eduardo Bolsonaro no vídeo. Caso o Conselho de Ética da Câmara aceite e processo e haja prosseguimento, será escolhido um relator para a matéria e Eduardo Bolsonaro será notificado a apresentar defesa. Em última instância, se o processo evoluir e chegar a votação em plenário, para cassação de mandato é necessário maioria absoluta, com pelo menos 257 votos.

Também nas redes sociais, a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, classificou o comportamento do parlamentar como “apologia à tortura” e disse que ele não pode ficar impune. Também o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, usou a internet para se manifestar: “É impossível ficar inerte diante da agressão de Eduardo Bolsonaro à jornalista Miriam Leitão. A apologia à tortura é crime”. De acordo com o partido, não há condição moral e política dele permanecer à frente de qualquer cargo público. A jornalista Miriam Leitão, por meio das redes sociais, agradeceu o apoio que recebeu de colegas, amigos e pessoas públicas. Disse ainda que as mensagens deram força pra ter esperança no Brasil e no futuro da democracia.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

JP

Jornal Da Manhã Política Câmara Dos Deputados Conselho De Ética Eduardo Bolsonaro Míriam Leitão Tortura

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!