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Adriano Pires foi alvo dos que não querem Petrobras privatizada, avaliam aliados de Bolsonaro

Por Redação em 05/04/2022 às 11:07:54
A desistência de Adriano Pires do convite para presidir a Petrobras decorreu de uma operação organizada pelos que não desejam a privatização da estatal. A avaliação é de aliados do presidente Jair Bolsonaro no Centrão, que defendiam a escolha do economista para o comando da empresa.

Segundo eles, se o principal motivo fosse mesmo o conflito de interesses para inviabilizar o nome de Adriano Pires, nenhum presidente do Banco Central poderia ter assumido a instituição nos últimos anos. Afinal, lembram, todos vieram do mercado, trabalharam em bancos e, por isso, teriam um “conflito de interesse” ao assumir a direção do BC.

Um interlocutor de Bolsonaro disse ao blog que fizeram um prejulgamento de como seria a atuação de Adriano Pires à frente da estatal. Teriam, segundo ele, já dado como certo que, à frente da estatal, Pires tomaria decisões para beneficiar seus clientes na sua empresa de consultoria, o Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Segundo aliados de Bolsonaro, as pressões contra Adriano Pires vieram de quem é contra a privatização da empresa, já que o consultor é defensor da venda da estatal.

Adriano Pires foi bem recebido pelo mercado, quando seu nome foi oficializado. Além disso, teve três reuniões com Bolsonaro para discutir seus planos à frente da estatal, ganhando o aval do presidente para ter seu nome indicado para presidir a Petrobras. E ganhou o apoio de líderes do Centrão, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O presidente da Câmara, por sinal, reclamou que, para os críticos da indicação de Adriano Pires, somente um “arcebispo” poderia ser nomeado para comandar a Petrobras.

Próximos passos

Agora, o governo busca novos nomes para comandar o Conselho de Administração da Petrobras e presidir a empresa. No caso da presidência da estatal, a tendência é o governo buscar uma solução caseira, já que depois dos últimos episódios a resistência de nomes do mercado a um convite será maior.

Um nome que já foi cotado para assumir a empresa, o do secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, voltou ao páreo e vai ser analisado pelo presidente da República.

Paes de Andrade é um nome de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi alijado do processo de escolha de Adriano Pires. Agora, volta a ser consultado sobre a sucessão na empresa.

Fonte: G1

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