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Senado batiza tribuna de imprensa do plenário com nome do fotógrafo Orlando Brito

Por Redação em 16/03/2022 às 19:25:05
Fotojornalista Orlando Brito, em imagem publicada por ele em rede social em 2022

Fotojornalista Orlando Brito, em imagem publicada por ele em rede social em 2022

Ícone do fotojornalismo brasileiro morreu na última sexta-feira (11), aos 72 anos, em Brasília. Local que receberá nome do profissional fica na lateral do plenário principal da Casa.


O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto que batiza a tribuna de imprensa do plenário da Casa com o nome do fotojornalista Orlando Brito, referência da fotografia no país.

Orlando Brito morreu na última sexta-feira (11), aos 72 anos, em Brasília, em razão de complicações decorrentes de uma cirurgia de intestino. Brito deixou uma filha, Carolina, e dois netos, Theo e Thomas.

Morre Orlando Brito, um dos maiores fotógrafos brasileiros

O projeto em homenagem ao fotojornalista é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) e foi relatado por Tasso Jereissati (PSDB-CE). O texto vai à promulgação pelo Senado.

O local que receberá o nome de Orlando Brito fica na lateral do plenário e, desde o início da pandemia da Covid-19, está fechado para o acesso de profissionais da imprensa — apesar de o Senado já ter flexibilizado algumas regras de funcionamento, como a adoção do sistema semipresencial e a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras.

'Mais importante repórter fotográfico'

Relator da proposta, Tasso Jereissati disse que, ao longo de décadas de profissão, Orlando Brito se transformou no "mais importante repórter fotográfico" do país.

O senador destacou a atuação do fotojornalista durante a ditadura militar e após a redemocratização do Brasil. Segundo o tucano, é possível "contar por meio delas [as fotografias de Orlando Brito] a trajetória do país".

O senador José Serra classificou o fotojornalista como "mais importante da história do Congresso Nacional".

"Durante sua carreira, registrou presidentes, políticos e personalidades do poder. Trabalhou nos veículos mais importantes do Brasil (O Globo, Veja, Jornal do Brasil). Suas fotos são verdadeiros registros históricos da política nacional", afirmou Serra na justificativa da proposta.

O tucano também lembrou os prêmios recebidos por Brito ao longo da carreira e resgatou uma frase dita pelo fotojornalista sobre a profissão.

"Em uma frase primorosa, [Orlando Brito] sintetizou a nobreza do seu ofício de repórter fotográfico: 'É uma profissão que você tem que encarar com isenção, com o olhar mais rigoroso possível. Eu não fotografo para mim. Estou substituindo pessoas que não puderam estar aqui. O leitor delega ao fotógrafo aquilo que não pode ver'", concluiu Serra.


Guardas em frente ao Congresso Nacional, em registro de Orlando Brito — Foto: Orlando Brito
Guardas em frente ao Congresso Nacional, em registro de Orlando Brito


Carreira

Orlando Brito registrou presidentes, políticos e personalidades do poder, contando por meio de imagens parte da história política do Brasil, desde os anos 1960. Ele também produziu um acervo de fotografias de cidadãos comuns, indígenas e expoentes do mundo esportivo e cultural, além de ter viajado por mais de 60 países e acompanhado copas do mundo de futebol e jogos olímpicos.

Em 1979, quando atuava no jornal "O Globo", se tornou o primeiro brasileiro premiado no "World Press Photo Prize" do Museu Van Gogh, de Amsterdã, na Holanda, o mais prestigiado prêmio de fotojornalismo do mundo. Ele obteve o primeiro lugar na categoria "Sequências", com uma sucessão de fotos sobre um exercício militar intitulada "Uma missão fatal".

No Prêmio Abril de Fotografia, Brito foi considerado "hors concours", depois de ganhar por 11 vezes.

Brito também publicou seis livros de fotografia, entre os quais "Poder, Glória e Solidão", no qual retrata episódios e personalidades da história política do Brasil.

Fonte: G1

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