Palmeirenses são condenados a 24 anos de prisão por espancar e matar corintiano com barras de ferro em 2016 na Grande SP

Por Redação em 27/01/2022 às 01:22:25
Júri popular considerou 4 membros da Mancha Alviverde culpados por assassinato de Daniel Jones Veloso, da Gaviões da Fiel, em Itapevi, na Grande São Paulo. Quinto palmeirense acusado pelo homicídio de corintiano será julgado em outra data pois sua defesa faltou ao júri desta quarta (26). Corintiano Daniel Veloso tinha 22 anos quando foi morto por grupo de palmeirenses em 2016 em Itapevi, Grande São Paulo

Reprodução/Arquivo pessoal

Quatro palmeirenses foram condenados, cada um deles, a pena de 24 anos de prisão em regime fechado por espancarem e matarem um corintiano com golpes de barras de ferro na cabeça, em 17 de setembro de 2016 em Itapevi, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada ao g1 pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ). O caso teve repercussão na imprensa à época por envolver brigas de torcidas rivais de clubes de futebol.

Em julgamento realizado nesta quarta-feira (26) no Fórum de Itapevi, Daniel Cândido da Silva, Jose Alex Sandro da Silva Júnior, Jefferson Paulo da Silva e Wesley Ramos Dantas Lopes foram considerados culpados pela maioria dos jurados pelo assassinato de Daniel Jones Veloso, o 'Dan Veloso'. Eles acabaram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada.

A vítima tinha 22 anos e era membro da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Corinthians, clube de futebol da capital paulista. Os réus eram integrantes da Mancha Alviverde, principal torcida do Palmeiras, outro time da cidade de São Paulo.

Kaio Robério Gomes Barbosa, outro palmeirense acusado pelo mesmo crime, não foi julgado com os demais réus porque sua defesa não pode comparecer ao júri popular realizado na quarta em Itapevi. Diante disso, o juiz Udo Wolff Dick Appolo do Amaral desmembrou o processo em relação a Kaio e deverá marcar uma nova data para o seu julgamento em separado.

Todos os cinco réus já respondiam presos pelo assassinato do corintiano. Daniel Silva, Jose Júnior, Jefferson Silva e Wesley Lopes permanecerão detidos para o cumprimento do restante da pena pela qual foram condenados. Kaio Barbosa também aguardará preso o seu julgamento.

De acordo com o Ministério Público (MP), Daniel Veloso foi vítima de uma emboscada durante briga de torcidas rivais. O corintiano foi atacado por um grupo de palmeirenses após voltar com a namorada de uma partida que tinham ido assistir entre o Corinthians e o Palmeiras, na Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste da capital.

Segundo a denúncia do MP, quando chegou em Itapevi, o casal foi cercado por palmeirenses armados com barras de ferro que haviam descido de um carro na Rua Angelo Piazzi.

Daniel Veloso falou para a namorada correr. Ele não conseguiu escapar e foi agredido com diversos golpes na cabeça. Os agressores fugiram no veículo. A vítima ainda foi socorrida com vida. Ela acabou levada ao Hospital Geral de Itapevi, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O g1 não conseguiu localizar as defesas dos acusados para comentarem o assunto até a última atualização desta reportagem. O promotor Rafael Morais de Oliveira, responsável pela acusação contra os réus, também não foi encontrado. Cabem recursos na Justiça contra a decisão que condenou os palmeirenses. Seis testemunhas do caso foram ouvidas nesta quarta pela Justiça.

Acusação

Sede da Gaviões da Fiel, na região do Bom Retiro, e da Mancha Alviverde, em Perdizes, durante operação policial em novembro de 2016

Kleber Tomaz/G1

O assassinato de Daniel Veloso comoveu os integrantes da Gaviões, que homenagearam a vítima em seu enterro. O caso gerou comoção e protesto nas redes sociais.

De acordo com a denúncia feita pelo MP à Justiça, “o crime foi cometido por motivo fútil, consistente da rivalidade entre membros de torcidas adversárias”.

Ainda segundo a acusação da Promotoria, “os denunciados utilizaram-se de meio cruel, uma vez que a vítima foi golpeada diversas vezes na cabeça, suportando ferimentos que provocaram a exposição de fragmentos ósseos”.

“O crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, consistente na surpresa e ainda, diante da superioridade numérica de forças e agentes”, informou o Ministério Público.

Fonte: G1

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