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Tesouro diz que dívida pública federal pode subir para até R$ 6,4 trilhões em 2022

Por Redação em 26/01/2022 às 16:22:08
Resultado representa teto da previsão e envolve dívidas do governo no Brasil e no exterior. Também nesta quarta, Tesouro informou que dívida subiu 12% e chegou a R$ 5,6 tri em 2021. O Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (26) que a dívida pública do governo federal pode subir para até R$ 6,4 trilhões em 2022.

O valor inclui os endividamentos do governo no Brasil e no exterior, e o montante informado pelo Tesouro representa o teto, isto é, o valor máximo ao qual a dívida pode chegar ao final do ano. Se confirmada a previsão, a alta será de R$ 790 bilhões (14%) na comparação com 2021.

Isso porque, também nesta quarta, o Tesouro informou que a dívida cresceu 12% em 2021, passando de R$ 5,009 trilhões em 2020 para R$ 5,61 trilhões no ano passado.

Ainda segundo o Tesouro, o crescimento da dívida pode ser menor em 2022, de R$ 390 bilhões, o que levaria a dívida pública a R$ 6 trilhões.

Esse valor representa o piso, ou seja, o aumento mínimo previsto pelo Tesouro para a dívida em 2021, o que equivale a uma alta de cerca de 7%.

A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar pelas despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e contribuições.

"O avanço da vacinação tem sido chave para controle da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo. Novos surtos têm repercussões cada vez mais limitadas em termos de hospitalizações e óbitos", informou o Tesouro Nacional.

O órgão acrescentou que, nesse contexto, o cenário externo básico assume a "possibilidade de normalização da mobilidade e da atividade, permitindo a superação progressiva das restrições de oferta e logística nas cadeias de suprimentos e ensejando maior vigor ao crescimento econômico global".

Necessidades de financiamento

Segundo o Tesouro Nacional, os vencimentos da dívida pública neste ano somam R$ 1,310 trilhão, dos quais:

R$ 1,205 trilhão são da dívida interna em mercado;

R$ 16,9 bilhões são da dívida externa;

R$ 88,4 bilhões se referem a encargos do Banco Central.

Além disso, serão necessários mais R$ 10 bilhões para honrar contratos de garantias de empréstimos contraídos por governos estaduais com aval da União, e outros R$ 149,3 bilhões para outras despesas.

Para financiar os compromissos do governo neste ano, estão previstos R$ 235,2 bilhões em recursos orçamentários. Com isso, a necessidade líquida de financiamento é de R$ 1,234 trilhão em 2022.

"As últimas projeções apontam que, ao final de janeiro, o Tesouro Nacional contará com uma reserva de liquidez em reais suficiente para cobrir todos os vencimentos de principal e juros da dívida interna em mercado, mais encargos da carteira de títulos do Banco Central, até o final de 2022", informou o Tesouro Nacional.

Reformas e política de juros no mundo

O Tesouro Nacional avaliou, ainda, que a agenda de reformas estruturantes deve evoluir em em ritmo menos intenso do que em anos anteriores, "como seria típico em um ano eleitoral".

Acrescentou que cenários alternativos consideram, no âmbito internacional, "pressões inflacionárias mais persistentes e consequente antecipação da normalização da política monetária pelo Fed, acelerando a retirada dos estímulos e a elevação de juros nos Estados Unidos".

Neste caso, diz a instituição, o "fluxo de capitais para os países emergentes seria afetado [reduzido], pressionando as taxas de câmbio [para cima] e as expectativas de inflação domésticas".

Fonte: G1

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