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Carreata reúne depoimentos emocionados de parentes das vítimas atingidas pela lama de barragem em Brumadinho

Por Redação em 25/01/2022 às 01:17:39
Associação pede responsabilização e celeridade à Justiça; parentes querem que tragédia seja julgada em Minas Gerais. Parentes de vítimas fizeram carreata clamando por Justiça em Brumadinho

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“É com o coração partido, é com o coração sangrando, mas nós vamos continuar caminhando e lutando por eles, vozes que foram caladas”.

Com esse discurso, parentes das vítimas atingidas pela lama da barragem da Vale, em 2019, conduziram uma carreata pelas ruas de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (24).

O movimento pretende manter viva a memória da tragédia que provocou a morte de 270 pessoas, das quais 264 foram identificadas. Nesta terça-feira (25), o rompimento da barragem completa três anos.

Carreata contou com mobilização de parentes e moradores da cidade

Moradores da cidade acompanharam o protesto. Parte das mensagens também foi direcionada a eles.

“Nós estamos aqui para dizer que não aceitamos que esse crime caia no esquecimento. Nós estamos aqui para que esse crime não se repita. Para que você e seus familiares fiquem em segurança”.

Responsabilidade

A associação que representa as famílias (Avabrum) dos atingidos busca por Justiça e pede a responsabilização pela tragédia. Eles relembraram o rompimento da Samarco, que tem a Vale e a BHP Billiton como acionistas, que dizimou o distrito de Fundão, em Mariana, em 2015.

“A Vale demorou menos de um minuto para matar as joias. Até o presente momento, nenhuma responsabilização. Nenhum criminoso na cadeia. Mariana, matou 20”, disseram em protesto.

Em um discurso emocionado, os representantes também se disseram contra a federalização do processo que analisa o rompimento em Brumadinho. Eles pedem celeridade ao caso, com julgamento em Minas Gerais.

“Há 1.094 dias fomos fazer nosso clamor para que a Justiça Mineira julgue o crime. Não é possível, 270 vidas mortas e mineiradas pela Vale ter um processo julgado em Brasília, ser federalizado. Foi aqui. É aqui que os corpos das joias estão. É nesse solo assolado pela lama de sangue da Vale, que matou à canetada fria e com requintes de crueldade as joias”.

Motoristas seguiram em protesto pelas ruas de Brumadinho, na Grande BH

A reportagem entrou em contato com a Vale por volta das 23h50 desta segunda-feira e aguarda retorno com o posicionamento da mineradora.

O g1 também entrou em contato com o Supremo Tribunal Federal (STF) para atualizar a situação do processo que pode definir, em decisão colegiada, se o julgamento será federalizado.

A reportagem também pediu esclarecimentos sobre a atuação do Ministério Público Estadual (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre a articulação de cada uma dessas entidades e aguarda retorno.

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Fonte: G1

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