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PIB da China cresce 8,1% em 2021, mas desacelera no 4º trimestre

Por Redação em 17/01/2022 às 08:35:38
Foi o maior crescimento em uma década. Nos 3 últimos meses do ano passado, expansão foi de 4% frente aos 3 meses anteriores, após uma alta de 4,9% no 3º trimestre. Profissional com roupa de proteção pulveriza desinfetante em uma fila para testes de Covid-19 em massa na cidade de Tianjin, no norte da China, em 9 de janeiro de 2022

Chinatopix via AP

A economia da China se recuperou em 2021, registrando a maior taxa de crescimento em uma década, mas o resultado do 4º trimestre do ano mostrou desaceleração frente ao 3º trimestre, de acordo com os dados da Agência Nacional de Estatísticas divulgados nesta segunda-feira (17)

O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo cresceu 8,1% em 2021, a maior expansão desde 2011. O resultado ficou bem acima da meta do governo de "acima de 6%" e do crescimento de 2020, que foi revisado para de 2,2% – taxa mais fraca em 44 anos.

A forte expansão em 2021 foi impulsionadas por exportações robustas. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e registrou superávit comercial recorde no ano passado.

No 4º trimestre, a expansão em ritmo anual foi de 4%, após uma alta de 4,9% no 3º trimestre, em meio a sinais de enfraquecimento do consumo e de desaceleração do setor imobiliário. O resultado veio acima do esperado mas ainda no ritmo mais fraco desde o 2º trimestre de 2020.

Desempenho trimestral do PIB da China

Economia g1

Frente aos 3 meses anteriores, o PIB cresceu 1,6% no 4º trimestre, ante expectativas de um aumento de 1,1% e após uma expansão de 0,7% no 3º trimestre, mostraram os dados oficias pouco depois de o banco central agir para impulsionar a economia com um corte na taxa de empréstimo pela primeira vez desde o início de 2020.

"No momento, a pressão de baixa sobre a economia da China ainda é relativamente grande, e o crescimento do emprego e da renda é limitado", disse Ning Jizhe, chefe da agência, segundo informou a agência Reuters.

Corte na taxa de empréstimo

A economia da China começou 2022 com força, mas economistas projetam que o crescimento vai desacelerar nos próximos meses.

O banco central cortou inesperadamente os custos de seus empréstimos de médio prazo pela primeira vez desde abril de 2020, levando alguns analistas a esperar mais afrouxamento da política monetária este ano para proteção contra o crescente risco de calote das incorporadoras.

O Banco do Povo da China informou que vai reduzir a taxa de juros sobre 700 bilhões de iuanes (US$ 110,19 bilhões) em empréstimos de seu instrumento de médio prazo de um ano (MLF, na sigla em inglês) para algumas instituições financeiras em 10 pontos básicos, de 2,95% para 2,85%.

O investimento imobiliário caiu 13,9% em dezembro sobre o ano anterior, queda mais forte desde o início de 2020, de acordo com cálculos da Reuters baseados em dados oficiais.

Dados fracos de consumo também prejudicam as perspectivas, com as vendas varejistas ficando abaixo das expectativas em dezembro com aumento de apenas 1,7% sobre o ano anterior, ritmo mais fraco desde agosto de 2020.

O ponto forte foi a produção industrial, com alta anual de 4,3% em dezembro depois de aumento de 3,8% em novembro, e acima da projeção de 3,6% em pesquisa da Reuters.

"Esperamos que o suporte impeça o crescimento de cair abaixo de 5% de forma significativa em 2022. Isso inclui o corte do MLF (instrumento de empréstimo de médio prazo) hoje. De forma mais geral, projetamos fortes gastos com infraestrutura, crescimento robusto do crédito e suporte para o setor imobiliário este ano", disse Louis Kuijs, chefe de economia da Ásia da Oxford Economics.

Fonte: G1

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