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OMS: Covid-19 ameaça reduzir expectativa de vida no mundo

Por Redação em 13/05/2020 às 11:38:39

Os seres humanos vivem uma média de 5,5 anos a mais agora do que no início deste século, já que a expectativa de vida global passou de 66,5 para 72 anos, mas esse e outros avanços podem ser reduzidos com a pandemia da Covid-19. O alerta foi feito nesta quarta-feira (13), por um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As Estatísticas Mundiais de Saúde publicadas anualmente pela organização, que ainda não incluem dados sobre 2020 e, portanto, não mostram o impacto do novo coronavírus, indicam avanços que ainda são ameaçados pela pandemia, destacou a OMS ao apresentar os novos dados.

"As pessoas têm uma vida mais longa e saudável. A desvantagem é que o progresso é muito lento para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e que retrocederá com a Covid-19", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.

Por outro lado, embora a melhora na expectativa de vida seja evidente, a OMS destaca que ainda existe uma enorme lacuna entre os países desenvolvidos, onde o indicador atinge 80,8 anos, e os países em desenvolvimento, cujo número é de 62,7 anos (as estatísticas são de 2016).

No continente americano, a Costa Rica (79,6 anos) lidera as estatísticas, seguida por Cuba (79) e Panamá (78), enquanto os países com menor expectativa de vida na região são Bolívia (71,5 anos), Guatemala (73,2) e República Dominicana (73,5), de acordo com a OMS.

A expectativa de vida do Brasil em 2016 era de 75,1, mesmo número da Colômbia. Já na Argentina era de 76,9 anos, 76,4 no Chile, 76,6 no México, 75,9 no Peru e 74,1 na Venezuela, segundo o relatório.

Apesar do grande hiato entre os países ricos e pobres, isso vem reduzindo ao longo do século, pois, enquanto a expectativa média de vida nos países em desenvolvimento aumentou 11 anos entre 2000 e 2016, nas nações mais desenvolvidas cresceu apenas três anos.

As estatísticas também revelam melhorias no acesso aos cuidados de saúde para a prevenção de doenças como Aids, malária ou tuberculose, bem como nos serviços de maternidade, o que reduziu pela metade a mortalidade infantil entre 2000 e 2018, destaca o relatório.

Em outros indicadores, a OMS alerta para uma interrupção do progresso, por exemplo, na área de imunização ou no tratamento de doenças não infecciosas, que em 2016 causaram 70% das mortes globais (a maioria delas, 85, nos países em desenvolvimento).

Nesse sentido, a OMS destaca que em mais de 40% dos países do planeta existem menos de dez médicos para cada 10 mil pessoas e que, em um mundo em que a cobertura universal gratuita ainda é uma utopia, cerca de 1 bilhão de pessoas gastam anualmente pelo menos 10% de seus rendimentos com assistência médica.

"A pandemia lembrou a necessidade urgente de todos os países investirem em sistemas de saúde fortes, como a melhor defesa contra surtos como a Covid-19 e outras ameaças que o mundo enfrenta todos os dias", disse Tedros.

*Com informações da Agência EFE

Fonte: JP

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