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Calisto Tanzi, que ficou conhecido como dono da Parmalat, morre aos 83

Por Redação em 02/01/2022 às 12:30:28
Empresa faliu em 2003, quando se descobriu que os balanços eram fraudulentos –durante anos, a Parmalat afirmou que tinha dinheiro em contas que não existiam. Calisto Tanzi, da Parmalat, durante um de seus processos, em 2005

Daniele La Monaca/Reuters

O empresário Calisto Tanzi, conhecido por ter transformado a Parmalat em uma das maiores empresas da Itália, morreu no sábado (1º) aos 83 anos na cidade de Parma, na Itália.

A Parmalat passou por uma falência fraudulenta em 2003. Naquela ocasião, notou-se que havia um rombo de 14 bilhões de euros no balanço da empresa. Milhares de pequenos investidores perderam dinheiro.

A falência teve consequências em diversos setores, como no financeiro, no de esportes, turismo e entretenimento.

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A empresa estava inflando artificialmente os valores de vendas e lucros durante anos.

Houve uma onda de processos e litígios no mundo inteiro por causa das fraudes nos balanços da Parmalat.

Tanzi e outros executivos foram processados. Ele foi condenado por manipular o mercado e falência fraudulenta. Ele foi condenado diversas vezes.

Firma do avô

Tanzi nasceu em 1938, na cidade de Collecchio. Quando ele tinha 22 anos, assumiu a empresa do avô, de laticínios. Depois de quatro décadas, o grupo Parmalat tinha cerca de 130 unidades no mundo para produzir derivados de leite.

Ele ainda era sócio de um clube de futebol da primeira divisão do Campeonato Italiano, uma empresa de turismo e uma rede de TV. Ele patrocinava equipes de Fórmula 1 e de esqui.

Rombo de 4 bilhões de euros

A crise da Parmalat foi descoberta quando a empresa disse que na verdade, uma conta que teria um saldo de 4 bilhões de euros nas Ilha Cayman não existia.

Os executivos então procuraram a proteção da lei de falências e começaram os processos.

A empresa tinha grau de investimento na época, mas antes disso já houve sinais preocupantes –a empresa não explicava direito por que não usava o dinheiro para quitar dívidas.

As autoridades descobriram, mais tarde, que Tanzi tinha escondido quadros de Pablo Picasso, Claude Monet e Vincent van Gogh para que não fossem tomados pelos credores. As peças foram leiloadas em 2019.

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Fonte: G1

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