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Ex-assessora de Guedes, integrante de equipe econômica de Doria defende tributação de livros e critica desoneração de setores

Por Redação em 16/12/2021 às 16:51:38
Doria anuncia equipe em coletiva de imprensa em SP. Ao seu lado direito, Vanessa Rahal Canado

Doria anuncia equipe em coletiva de imprensa em SP. Ao seu lado direito, Vanessa Rahal Canado

Em coletiva de imprensa ao lado de Doria, Vanessa Rahal Canado comentou proposta de taxar mais quem consome livros por meio de unificação de tributos. Projeto foi alvo de críticas em 2020.


Anunciada como integrante da equipe econômica do pré-candidato à presidência João Doria (PSDB-SP), Vanessa Rahal Canado voltou a defender a tributação de setores como o de livros em evento nesta quinta-feira (16) em São Paulo.

A proposta de um imposto único sobre valor agregado, defendida por Paulo Guedes e Vanessa Canado em 2020, foi alvo de críticas de diversos setores na época. Questionada sobre o projeto nesta quinta, Canado declarou que a mudança prevê "mecanismos mais modernos de políticas públicas", na comparação com a desoneração de setores. Atualmente, o mercado editorial é desonerado, ou seja, não paga impostos e é protegido de cobranças pela Constituição Federal.

"A nossa proposta de reforma tributária, tanto a que eu trabalhei anteriormente no Congresso, como a que eu trabalhei junto com o ministro Paulo Guedes, elas preveem mecanismos mais modernos de políticas públicas. Uma das formas que você tem de tornar bens acessíveis, e aí não eram só os livros, mas medicamentos, cadeiras de rodas, inúmeros bens e serviços, uma das maneiras era dar isenção. O que nem sempre torna os bens mais acessíveis. Isso é empiricamente comprovado", declarou Canado nesta quinta.

Ao lado de Doria e dos economistas Ana Carla Abrão Costa, Zeina Latif e Henrique Meirelles, a tributarista defendeu que uma outra maneira de taxar os bens, diferente da isenção que é usada atualmente, seria "arrecadar dinheiro de toda população e, aí sim, fazer uma política pública direcionada para aquilo que a gente quer".

"Fazer essas escolhas de antemão talvez não seja tão eficiente e talvez não seja tão democrático. Eu gosto muito de livros, muita gente precisa de medicamentos e outras de cadeiras de rodas, então talvez essa escolha seja mais legítima no âmbito da política pública do que no âmbito da tributação", disse.

Para ela, permitir a tributação comum desses setores poderia ajudar a "alcançar de fato quem mais precisa".

"Além de você gastar menos dinheiro, alcança de fato quem mais precisa. Mas não é uma discussão nossa, é uma discussão que está em andamento no Congresso e vai estar em andamento no próximo governo. E quem escolhe em última análise é a sociedade pelos representantes eleitos", completou.

A proposta de tributar setores atualmente isentos, como o de livros, foi alvo de críticas em 2020 porque seus defensores afirmaram que as pessoas que consomem esses produtos e serviços têm mais condições de pagar impostos.

Vanessa Canado fez essa declaração em agosto de 2020 ao comentar a proposta de reforma tributária do governo, enviada ao Congresso em julho, e que prevê unificação do PIS e da Cofins (incidente sobre a receita, folha de salários e importação) num tributo que receberia o nome de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) (veja mais no vídeo abaixo).

Doria anuncia equipe econômica

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (16) os responsáveis pelo programa de governo na área da economia.

Doria disse que pretende formar um time de seis economistas, com três homens e três mulheres.

Entre os homens, o único já anunciado é o do atual secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, que deve atuar como porta-voz do grupo. Além dele, foram divulgados os nomes de Ana Carla Abrão Costa, Zeina Latif e Vanessa Canado.

A equipe defendeu propostas de combate à pobreza e geração de emprego e renda.

Fonte: G1

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