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Política

Lira defende pente-fino em precatórios: 'Como nascem? Não é normal'


Presidente da Câmara diz que orçamento da União é "crise permanente" e que proposta de avaliação das dívidas judiciais é "bem-vinda". Paulo Guedes tem dito a parlamentares que é a favor da ideia. Em Foco com Andréia Sadi entrevista Arthur Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta quarta-feira (1º), em entrevista ao programa “Em Foco”, na GloboNews, a aprovação de uma comissão permanente para fazer uma espécie de “pente-fino” nos precatórios. Lira disse que o orçamento “é uma crise permanente” e que, se o Senado enviar essa proposta junto à PEC dos Precatórios, será “bem-vinda” na Câmara e ele vai trabalhar por sua aprovação.

“Na votação da PEC dos Precatórios, no Senado, o que eu soube é que vai vir para a Câmara uma criação de comissão permanente de avaliação, de estudo e análise: de onde vêm os precatórios? Como nascem? Não é normal. A gente precisa entender esse problema”.

A ideia dos parlamentares é que, a partir da revisão, os próximos orçamentos tenham mais espaço para custear programas de interesse do governo em atividade.

“Precatórios só existem no Brasil, porque em todo lugar você tem um débito, você paga o débito. Aqui você escalona o débito e depois ele vai lhe consumindo. Não cumprimos o nosso dever que foi aprovar todas as reformas. Quando se aprovou o teto de gastos, precisava da previdência, tributária, trabalhista e administrativa. Fizemos duas e pedaços de outras”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, durante evento em SP na segunda (25)

Igor do Vale/Estadão Conteúdo

Lira defende que o texto seja aprovado e que valha daqui para frente, já que muitos precatórios ainda transitarão em julgado.

“O que soube é que irão para Câmara proposta de programa permanente (Auxílio Brasil) e a comissão permanente dos precatórios. As duas propostas, se vierem, serão bem-vindas e, consequentemente, a Câmara as aprovará”.

O blog apurou que o ministro Paulo Guedes, da Economia, apoia a revisão dos precatórios e têm dito isso a parlamentares.

Centrão e terceira via

Lira também defendeu a aliança entre Bolsonaro e centrão. Ao “Em Foco”, ele disse que os partidos garantem estabilidade e previsibilidade a qualquer governo que se eleja.

“O que seria do governo Lula se não tivéssemos os partidos de centro? O que seria do governo FHC se não tivessem os partidos de centro? O que seria do governo Dilma, do governo Temer, o que seria do governo Bolsonaro?”.

Para o presidente da Câmara, hoje, o cenário de 2022 está polarizado entre Bolsonaro e Lula — e ele afirma não ver um nome consolidado para a terceira via.

“Eu penso que a possibilidade da terceira via tá um pouco longe, nós temos altos e baixos durante essa caminhada e sempre depois de um evento algum candidato fica mais exposto a ser avaliado, e isso reflete na pesquisa do momento. Eu penso hoje que há ainda uma polarização muito forte entre Lula e Bolsonaro, e a terceira via bastante dividida, se buscam alternativas para se fortalecer. Claro que tem muitos eleitores pensam "nem um, nem outro", mas quem vai personificar os interesses desse eleitor é que tá difícil”.

Para Lira, Moro ainda será testado nas urnas.

""O ex-juiz Moro está muito em evidência, foi feito o lançamento agora, é um homem da justiça reconhecido pelos atos de juiz, certos ou errados, e que vem pra política. Então a política ainda vai testar, vai conversando, lógico que todo mundo tem curiosidade, e a curiosidade você fomenta, procura os espaços”.

Lira afirmou também que o combate à corrupção é importante, mas não é o que define a eleição. "A vida não é tão fácil quando você está com uma caneta na mão e um papel em branco para fazer despachos", afirmou.

Veja comentários de Andréia Sadi:

G1

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