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No G20, Bolsonaro cobra 'esforços adicionais' na produção de vacinas contra Covid; presidente já disse que não vai se vacinar

Por Redação em 30/10/2021 às 14:52:09
Na Itália, Bolsonaro disse que grupo deve se concentrar no combate à pandemia. Além de não se vacinar, presidente divulga fake news sobre vacina, promove aglomerações e não usa máscara. O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (30) na Itália, em discurso no G20, que o grupo formado pelas 20 principais economias do mundo precisa adotar "esforços adicionais" para garantir a produção de vacinas contra a Covid.

A TV oficial do governo brasileiro não transmitiu o discurso ao vivo. A transcrição foi divulgada pela assessoria da Presidência.

"Para o Brasil, os esforços do G20 deveriam concentrar-se no combate à atual pandemia, que continua a assolar muitos países. Entendemos, portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento", declarou.

Embora no G20 o presidente tenha cobrado "esforços adicionais" pela produção de vacinas contra a Covid, Bolsonaro afirmou no último dia 13 que não vai se vacinar. A comunidade científica recomenda a vacinação até mesmo para quem já teve Covid.

Além disso, no último dia 21, em transmissão ao vivo na internet, Bolsonaro divulgou fake news ao associar a vacina contra a Covid a casos de Aids. A afirmação de Bolsonaro é falsa.

Diante da mentira dita pelo presidente, as redes sociais Facebook, Instagram e YouTube removeram o conteúdo do ar.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro critica a vacina a contra a Covid; promove aglomerações; critica o uso de máscara; e defende o tratamento com drogas comprovadamente ineficazes para a doença.

Entidades médicas nacionais e internacionais e a comunidade científica recomendam como medidas de prevenção da Covid a vacinação; evitar aglomerações; usar máscara; e higienizar as mãos.

Íntegra

Leia a íntegra do discurso de Bolsonaro no G20:

Senhoras e senhores líderes do G20,

É uma grande satisfação para mim participar, presencialmente, deste importante encontro de lideranças em um momento de recuperação econômica mundial. Apesar de termos motivos para comemorar, ainda restam desafios para alcançarmos crescimento econômico mais estável e equitativo.

O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis. Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022.

O histórico acordo concluído pelo G20 e por outros países sobre tributação internacional, no âmbito da OCDE, é também uma contribuição significativa para a sustentabilidade fiscal e econômica.

Os trabalhos do G20 na trilha de finanças renderam resultados importantes para a recuperação da crise econômica, como ilustram a nova alocação de direitos especiais de saque pelo FMI e as medidas para enfrentar desafios relacionados ao meio ambiente e à saúde.

Gradualmente, nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos de recuperação caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas distorcivas e discriminatórias. Eis por que a integração de nossas economias, por meio de fluxos cada vez maiores de comércio e investimentos, constitui parte das soluções que buscamos com vistas à recuperação e ao desenvolvimento sustentável.

No Brasil, mais da metade da população nacional já está plenamente imunizada de forma voluntária. Mais de 94% da população adulta já recebeu pelo menos uma dose da vacina. Ao todo, aplicamos mais de 260 milhões de doses, das quais mais de 140 milhões foram produzidas em território nacional.

Para o Brasil, os esforços do G20 deveriam concentrar-se no combate à atual pandemia, que continua a assolar muitos países.

Entendemos, portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento.

Muito obrigado.

Fonte: G1

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