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Por que e como fazer uma reserva de emergência?

Por Redação em 01/10/2021 às 12:42:57
A forma como você lida com o seu dinheiro e os seus planos para o futuro podem ajudar a determinar os melhores tipos de aplicação para você investir com segurança.


Se você é brasileiro, provavelmente precisa lidar com dois aspectos que estão arraigados na nossa cultura. O primeiro é que somos irremediavelmente otimistas. Na verdade, o povo mais otimista da Terra, pelo menos segundo a pesquisa Global de Otimismo, realizada pela YouGov, especialista em pesquisas de mercado. Ela revela que 76% dos brasileiros se consideram otimistas, enquanto a média global é de 56%. Essa é a parte boa.

A ruim é que essa confiança no futuro e em dias melhores, se mal dosada, pode afetar nosso senso de priorização, nos levando a negligenciar um comportamento básico para a preservação de qualquer espécie: a reserva de recursos para o "inverno" que sempre chega. Para nós, humanos, esse inverno geralmente vem na forma de imprevistos financeiros como perda de emprego, renda ou necessidades que demandem recursos imediatos. Você provavelmente já passou por algo parecido, não é mesmo?

O fato é que ser otimista até as tampas e viver como se não houvesse amanhã pode, em alguma medida, explicar por que quase metade da população brasileira não está de bem com as finanças, segundo pesquisa realizada recentemente pela Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN). Esse conceito, aliás, tem até nome: Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SBF). Na prática, ter baixo I-SBF significa desequilíbrio, risco de entrar em estresse financeiro, desorganização, problemas emocionais e decisões financeiras ainda piores, levando ao superendividamento. Uma pesquisa publicada recentemente pelo Datafolha comprova a tese: 45% dos brasileiros têm alguma dívida ou conta atrasada no momento.

Por outro lado, ter bom I-SBF significa atender a cinco pré-requisitos: ser capaz de cumprir suas obrigações financeiras corretamente; tomar boas decisões com o dinheiro; ter disciplina e autocontrole para cumprir objetivos; sentir-se seguro quanto ao futuro financeiro e, finalmente, ter liberdade para fazer escolhas que permitam aproveitar a vida. Entre as duas opções - viver apagando incêndios nas finanças ou estar de bem com sua conta bancária - qual estilo de vida você prefere adotar?

Se é o segundo (sua saúde mental agradece!), o segredo para alcançá-lo tem um nome: reserva de emergência. Sim, aquele dinheiro que você guarda e esquece, assim como fazia com o cofrinho na infância, e só usa em caso de extrema necessidade. Mas você pode dizer: "Neste mês estou sorteando o boleto que vou conseguir pagar, é impossível construir uma reserva". Calma! Nada está perdido. Dar vôos altos e fazer o dinheiro trabalhar para você pode ser mais simples do que imagina. Não que no começo seja fácil, é verdade. Mas quando passar a ver o resultado do seu esforço, você vai ganhar segurança e motivação para embarcar de vez nesse projeto. Vamos começar?

Qual é a sua renda e em qual regime de trabalho você atua?

Primeiro, o básico: você precisa estabelecer qual é o seu número dourado, ou seja, de quanto precisa para sobreviver se sua renda for reduzida ou perdida. A teoria mais recorrente entre os economistas é que a resposta depende de outro elemento: qual é o seu regime de trabalho? Isso é importante porque determina o grau de estabilidade e previsibilidade dos seus ganhos. Assim, se você trabalhar em regime CLT, sua meta é entre três e seis meses de renda líquida acumulada. No entanto, se o valor que ganha por mês é variável, dependendo apenas da sua "sola de sapato", o ideal é que você guarde 12 meses de rendimentos líquidos. Se antes de 2020 você poderia considerar esses valores um exagero, a pandemia mostrou que até o impensável pode acontecer. Melhor não arriscar.

Depois da meta, a ação

Existem várias maneiras de criar uma reserva financeira e, exceto guardar dinheiro no colchão, a pior delas é a poupança. A razão é simples e isso precisa ser um mantra na sua vida: se a inflação estiver acima do rendimento da poupança, você estará perdendo dinheiro, mesmo tendo um ganho de juros "para inglês ver". Talvez daí venha a expressão "meu dinheiro não está valendo nada!". Infelizmente, é isso que está acontecendo nos últimos anos. Quer um exemplo? Em agosto de 2021, a perda real da poupança chegou a 7,15%, considerando os 12 meses anteriores. Foi o pior desempenho desde 1991, segundo a Economatica, empresa provedora de informações financeiras.

Ok, a poupança não é boa opção. Mas outros produtos de renda fixa são e você precisa considerar três fatores para escolher o que dá match com você: rentabilidade, risco e liquidez. Se estamos pensando em reserva financeira, você precisa de um produto de baixíssimo risco, para não ver seu dinheiro voando pela janela quando mais precisar dele, concorda?

Ao mesmo tempo, deve assumir que esse tipo de produto tem rentabilidade menor do que opções mais arriscadas, como a Bolsa de Valores (embora durante muitos anos a renda fixa tenha ganhado de longe da variável). Mas, de verdade, você deveria priorizar a segurança e ganhar menos agora, deixando para arriscar quando sua reserva estiver totalmente abastecida. Para terminar, o nível de liquidez precisa ser mínimo: se possível, diário, afinal ter dinheiro para emergências e não poder usá-lo em... emergências, é no mínimo frustrante.

Produtos para chamar de seus

Segundo a FEBRABAN, uma ótima opção para formar uma reserva é o Tesouro Selic, que tem liquidez diária, é um título público federal superseguro e tem rendimento atrelado à Taxa Selic. Você pode investir também em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), com rendimentos que variam de prefixado, quando você estabelece a taxa de juros e sabe o quanto seu dinheiro vai render; pós-fixado, com o rendimento calculado de acordo com a Taxa Selic; ou híbrido, que é a união das duas modalidades de rentabilidade. Todos, é claro, com liquidez diária.

Finalmente, a instituição recomenda o investimento em Fundos de Renda Fixa Referenciado DI (Fundos DI). Esses fundos contêm títulos públicos e privados que estão atrelados à Selic e ao CDI, e são escolhidos pelos gestores da sua corretora ou banco, que vai cuidar para que você conquiste a melhor rentabilidade.

Ainda tem dúvidas? Não precisa sofrer! Acesse a plataforma www.inteligenciafinanceira.com.br e descubra tudo de que você precisa para tomar as melhores decisões financeiras. Lá você encontra análises, vídeos, infográficos e dicas para passar do nível easy ao hard no mundo das finanças. É só começar!

Você já parou para reparar como cada pessoa é única? Cada um de nós tem uma personalidade, sonhos, desejos, características que são só nossas e de mais ninguém. E essas peculiaridades também se refletem na vida financeira.

A forma como cada um lida com o dinheiro e os planos que tem para o futuro são fatores determinantes para a escolha do tipo de investimento a ser feito. Os títulos de renda fixa, por exemplo, costumam atrair pessoas que gostam de segurança, pois, apesar de não se ter garantia da rentabilidade, tende a ser mais previsível. Já a renda variável pode ser atrativa para pessoas que não se importam com a oscilação do retorno financeiro.

Pela sua personalidade, suas escolhas, seu dia a dia, você já consegue observar qual é o seu perfil de investidor e já é capaz de perceber por qual caminho está confortável para seguir. Desenvolver inteligência financeira parece complicado, mas, na verdade, é simplesmente se acostumar a estar atento ao seu comportamento. Aos poucos, dá para ganhar mais segurança e realizar novos movimentos dentro do que fica confortável para você!

Fonte: G1

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