O diretor da Escola Estadual Licínio Monteiro, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, declarou greve de fome nesta terça-feira (21), como forma de manifestação contra o fechamento da unidade de ensino. José Cícero da Mota, de 42 anos, afirmou que só encerrará o 'jejum' após o governo tomar uma decisão sobre o rumo da escola."Tomei essa decisão de forma individual para demonstrar o meu descontentamento com o processo de redimensionamento da forma como foi conduzido", pontuou.O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas não obteve retorno até esta publicação.Atualmente, o local atende jovens e adultos do ensino fundamental e médio. Neste ano, o governo, em parceria com a prefeitura, incluiu a unidade no processo de municipalização para atender apenas alunos do 1° ao 5° ano. No entanto, os profissionais de educação afirmam que foram pegos de surpresa com a decisão."Esse redimensionamento para o município a gente até entende quando é de uma escola que já atende do 1° ao 5° ano, mas esse não é o caso desta escola. Por isso, o nosso manifesto", disse Cícero.
Escola Estadual Licínio Monteiro, em Várzea Grande (MT), tem 48 anos de existência
A escola, que é uma das maiores do estado com 1.635 alunos matriculados, tem 48 anos de existência. O local também atende alunos estrangeiros e alunos com deficiência. O diretor disse ao g1 que iniciou a greve de fome às 6h desta terça-feira (21). Ele afirmou que não está recebendo acompanhamento médico, por opção dele. "Caso precise (de ajuda médica), já orientei o pessoal da escola para tomar as medidas necessárias. Se ficar definido dessa forma (o processo), cumpriremos a decisão, pois não vou descumprir ordem, mas deixo registrado o meu descontentamento", disse.Nessa quinta-feira (23), o diretor e outros profissionais da educação da escola devem se reunir com a equipe da Seduc e da Secretaria de Educação Municipal para discutir o processo.
G1