Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam esta segunda-feira, 13, no campo positivo com o alĂvio na tensão entre os Poderes e a despeito do aumento das expectativas para a inflação e a taxa de juros. O dólar encerrou o dia com queda de 0,83%, cotado a R$ 5,224. O câmbio chegou a atingir a mĂĄxima de R$ 5,241, enquanto a mĂnima não passou de R$ 5,202. A divisa norte-americana encerrou a sexta-feira, 10, com avanço de R$ 0,76%, a R$ 5,267. Seguindo o otimismo nos Estados Unidos, o Ibovespa, referĂȘncia da Bolsa de Valores brasileira, fechou com avanço de 1,85%, aos 116.403 pontos. O Ășltimo pregão da semana passada encerrou com recuo de 0,93%, aos 114.285 pontos.
Investidores seguem analisando os desdobramentos em BrasĂlia após o arrefecimento das tensões entre os Poderes. O mercado acompanha os impactos que a sinalização de trégua de Jair Bolsonaro (sem partido) terĂĄ sobre as pautas econômicas, como a reforma do Imposto de Renda e a solução para o pagamento dos precatórios previstos para 2022. Grupos contrĂĄrios ao governo realizaram uma série de manifestações neste domingo, 12, em diversas capitais do paĂs. Apesar de concentrar representantes de diferentes espectros polĂticos, os atos foram menores que os convocados por apoiadores do presidente no feriado de 7 de Setembro.
Também estĂĄ no radar o aumento das expectativas de alta da inflação e da taxa bĂĄsica de juros, enquanto as estimativas com a recuperação da economia foram revisadas para baixo. Dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira apontaram que as previsões para o Ăndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial da inflação, foram alteradas para 8% até o fim deste ano, e 4,03% em 2022. As estimativas com a Selic também subiram para 8% ao ano em 2021 e 2022. A pesquisa ainda mostrou o recuo nas expectativas do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a previsão foi rebaixada para avanço de 5,04%, enquanto para o ano que vem, a mediana indicou alta de 1,72%.
Fonte: JP