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Doria critica Lira por não falar dos pedidos de impeachment: 'Lamento que ele não tenha compromisso com a democracia'

Por Redação em 08/09/2021 às 14:42:09
Governador de SP afirmou que presidente da Câmara dos Deputados deveria colocar em andamento na Casa os pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido), após os ataques do presidente da República aos ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nas manifestações de 7 de setembro. O governador de São Paulo, João Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (8).

Reprodução/Youtube

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou o pronunciamento feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), nesta quarta-feira (8) sobre os atos antidemocráticos liderados no 7 de setembro pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

No discurso desta quarta (8), Lira defendeu a pacificação entre os poderes, mas não criticou os ataques de Bolsonaro contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e não mencionou os pedidos de impeachment contra o presidente em andamento na Casa. Para Doria, o presidente da Câmara “não tem compromisso com a democracia”.

“Lamento que ele não tenha compromisso com a democracia, porque se tivesse, estaria colocando em pauta o impeachment do presidente Bolsonaro. Eu lamento, sinceramente, a postura, a atitude e o descompromisso do presidente da Câmara federal com a democracia brasileira”, disse o governador.

“Que ele proceda, dentro da democracia e dos procedimentos do Congresso Nacional, a apresentação do processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Não é apenas na palavra. É na atitude que se faz democracia”, completou.

Doria voltou a defender o impeachment de Bolsonaro nesta quarta. Na terça, o governador manifestou-se pela primeira vez a favor do impeachment do presidente da República. O governador disse que esperava que Lira submetesse os pedidos de impeachment aos demais parlamentares.

“Depois dos arroubos, do afrontamento que tivemos ontem à Constituição, à democracia, à Suprema Corte, o mínimo que poderia se esperar de um presidente de uma Câmara era submeter aos seus parlamentares, já que a decisão não é dele, não é monocrática, e sim da Câmara e do Senado, que pudesse submeter e dar andamento ao pedido de impeachment”, afirmou.

Segundo Doria, "Bolsonaro afrontou a Constituição" na terça. "Minha posição é pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro - depois do que ouvi hoje ele claramente afronta a Constituição", afirmou Doria.

“Eu até hoje nunca havia feito nenhuma manifestação pró-impeachment, me mantive na neutralidade, entendendo que até aqui os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional, mas depois do que assisti e ouvi hoje, em Brasília, sem sequer estar ouvindo, ele, Bolsonaro, claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira", completou Doria no Centro de Operações da PM (Copom), onde monitorou, ao lado do Procurador-Geral de Justiça, Mário Sarrubbo, o esquema especial de policiamento das manifestações.

Questionado sobre possível aliança com o PT e uma formação de bloco contra Bolsonaro, o governador disse que é uma decisão que cabe ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.

A executiva nacional do PSDB se reúne nesta quarta para definir oposição ao governo federal e discutir a posição do partido sobre a abertura do impeachment.

Doria durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (7)

Reprodução/TV Globo

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Doria se referia ao fato de, em discurso a apoiadores em Brasília, Bolsonaro ter feito nesta terça uma ameaça ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, e afirmar que convocaria o Conselho da República, órgão responsável por opinar em situações extraordinárias sobre defesa e segurança do estado.

"O volume de crimes já cometidos pelo presidente da República no dia de hoje nas manifestações são mais que suficientes para justificar, se não for um novo pedido, os mais de 130 pedidos de impeachment que adormecem na mesa do presidente da Câmara em Brasília", defendeu o governador.

Nas eleições de 2018, Doria recebeu apoio de Bolsonaro e apoiou a candidatura do atual presidente, com a criação do slogan "BolsoDoria". Depois da vitória, ambos se distanciaram e se tornaram rivais durante a condução da resposta à pandemia de Covid-19.

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Fonte: G1

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