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Escassez de seringas para vacina da Pfizer preocupa autoridades estaduais

Por Redação em 23/08/2021 às 21:46:25
O maior problema no uso da seringa inadequada é o desperdício de um liquido tão valioso na hora da aplicação das vacinas. Estados brasileiros em alerta com escassez da seringa para a Pfizer

Estados brasileiros estão em alerta por causa da escassez no envio de seringas para vacina da Pfizer.

Do final de agosto até dezembro, as vacinas da Pfizer devem ser os imunizantes mais usados no Brasil, com a chegada de 152 milhões de doses. Boa notícia acompanhada de uma preocupação: a falta de seringas adequadas. O alerta foi feito por secretários estaduais de Saúde em audiência pública na semana passada.

“Há uma falta de seringas de 1 ml para aplicação das vacinas da Pfizer. Tem estados que já estão com dificuldade de operacionalizar a vacina da Pfizer, não por falta do imunizante, e sim por falta do insumo”, diz Fernando Campos, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

No Pará, o estoque do governo do estado está sendo usado porque, segundo a Secretaria de Saúde, houve redução no envio de seringas pelo Ministério da Saúde.

Em Alagoas as últimas remessas de vacinas vieram sem seringas. O governo estadual também está usando o estoque que abastece hospitais. Segundo o secretário de Saúde, o Ministério da Saúde precisa definir como será a aquisição das seringas para seguir com a vacinação.

“O ministério precisa dizer de maneira clara, de maneira transparente se ele vai conseguir fornecer ou não, para que os estados, em a resposta sendo negativa, possam tomar as suas providências. Agora o que não dá é para gente receber o imunizante, a população receber essa informação de que os imunizantes chegaram ao estado, mas que os insumos necessários para execução da vacinação não vieram”, afirma o secretário de Saúde de Alagoas, Alexandre Ayres.

O maior problema no uso da seringa inadequada é o risco de desperdício de um líquido tão valioso na hora da aplicação das vacinas. Em São Paulo não está faltando seringa, mas o Jornal Nacional foi a um posto mostrar porque existe o risco na hora que se troca a seringa de 1 ml, indicada para a vacina da Pfizer, pela de 3 ml, usadas nas outras vacinas.

Nos casos da CoronaVac, AstraZeneca e Janssen, as doses aplicadas são de 0,5 ml. Fica fácil enxergar a quantidade certa de líquido dentro do embolo da seringa de 3 ml.

Já no caso da Pfizer a dose é menor, de apenas 0,3 ml, quantidade facilmente visualizada por quem vai aplicar com a seringa certa de 1 ml que é mais fininha. Com uso da seringa maior a borracha do embolo cobre as marcas e uma quantidade maior de liquido pode ser aplicada, o que não traz prejuízo para quem recebe, mas desperdício.

O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica dizendo que com a "indisponibilidade de seringas no mercado" deve se fazer o uso "alternativo temporário" de seringas de 3 ml, e que uma licitação para compra está em andamento.

Segundo a associação dos fabricantes, a capacidade de produção de seringas de 1 ml existe, mas não é rápida e depende de planejamento.

“É planejar. Ver quantas pessoas ainda faltam ser vacinadas e comprar as seringas com uma boa antecipação. Nessas condições, as empresas aqui instaladas terão condições de fornecer”, explica Paulo Fraccaro, superintendente da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos).

O Ministério da Saúde afirmou que houve um acordo com estados e municípios para o uso alternativo da seringa de 3 ml até o reabastecimento do material, e que para esta semana está prevista a chegada de 400 mil seringas para vacina Pfizer.

Fonte: G1

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