Governo vai apresentar PEC dos precatórios ao Congresso e ao STF
O governo vai apresentar nesta semana aos presidentes da Câmara, Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) o texto de uma emenda constitucional que permite parcelar dívidas judiciais acima de R$ 66 milhões, chamados de "superprecatórios".
Os precatórios são dívidas da União decorrentes de decisões judiciais definitivas. Ou seja, créditos que pessoas físicas e jurídicas têm a receber do governo federal.
Além de resolver o que o ministro Paulo Guedes chamou de "meteoro" (o crescimento de mais de 60% na conta dos precatórios que o governo terá que honrar em 2022), a PEC abre espaço de pelo menos R$ 34 bilhões para gastos em ano eleitoral.
Segundo fontes da áera econômica ouvidas pelo blog, o plano é fazer um ajuste perene na regra de parcelamento de precatórios, que já é regulada pelo artigo 100 da Constituição, que obriga incluir os gastos com o pagamento das sentenças judiciais já sem possibilidade de recurso. O foco é separar o que o governo chama de "superprecatórios" - de valor de R$ 66 milhões ou mais.
No texto elaborado pelo governo, há também possibilidade de um encontro de contas, isto é, empresas, Estados e municípios que têm dívidas com a União podem quitá-las com precatórios. Imóveis da União também podem ser incluídos num cadastro e poderiam ser utilizados para quitar as dívidas judiciais.
"Nós estamos em uma situação em que a conta de precatórios em 2022 subirá R$ 34 bilhões. É o valor que temos para remodelar um programa social, necessário neste momento do país", afirma uma fonte do governo ao blog.
Além de renovar o Bolsa Família, os planos do governo para ajudar na reeleição de Bolsonaro é um superpacote de gastos que incluiria ainda reajuste para servidores, um programa de refinanciamento de dívidas para empresas e recursos para investimentos.
Fonte: G1