Dois tem passagens pela polícia e um deles não tem antecedentes criminais. A família de um deles alega que o suspeito foi morto por engano, mas a polícia não confirma. Duas agências bancárias foram alvos de assaltantes na manhã desta sexta-feira (4) em Nova Bandeirantes
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Três dos quatro suspeitos de assalto em banco que foram mortos em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na quinta-feira (10) foram identificados, segundo o Bope. Os ataques da quadrilha foram no dia 4 de junho, em Nova Bandeirantes, no norte do estado.
Maciel Gomes de Oliveira, de 37 anos, Romário de Oliveira, de 35 anos, e Luiz Miguel Melek, de 40 anos, são suspeitos de terem participados do assalto e estavam escondidos em uma região de mata há seis dias.
A Polícia Militar recuperou R$ 164,7 mil do dinheiro roubado das cooperativas de crédito Sicredi e Sicoob.
Maciel e Romário têm histórico criminal. Maciel já foi preso em Pernambuco por roubo, furto e posse ilegal de arma, e está solto desde 2019. Ele é suspeito de fazer parte de uma quadrilha de roubos a banco na região de Pernambuco.
Romário tem antecedentes criminais no Piauí também por roubo. Luiz Melek é o único que não tem passagem pela polícia. Ele é morador de Alta Floresta.
Assalto no estilo Novo Cangaço em Nova Bandeirantes (MT)
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A família de Melek alega que o empresário havia saído do município em direção à região do garimpo para levar óleo diesel. Ele faria essa rota há dois anos. A família acredita que no dia do assalto, ele possa ter sido abordado pelos bandidos, já que a caminhonete dele foi vistas nas imagens com eles levando os reféns.
No entanto, essa versão não é oficial e a polícia não confirma. Segundo o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Vitor Hugo Bruzulato, a participação dos suspeitos ainda estão sendo investigadas.
"O que temos de oficial até o presente momento é o boletim de ocorrência apresentado pela Polícia Militar, que relata o confronto. Agora estamos apurando qual teria sido a participação dos suspeitos mortos nos roubos praticados contra às instituições financeiras", afirma.
De acordo com o Bope, Luiz era apoio dos assaltantes, estava com a caminhonete cheia de combustível pra dar apoio e correu para o mato junto com os demais no momento da abordagem.
O confronto
Os policiais do Bope foram chamados pela equipe da Força Tática, depois de virem que uma caminhonete branca empreendeu fuga assim que avistou a barreira policial, retornando com o veículo pela Estrada Procomp. A equipe da barreira foi atrás dos suspeitos e avistou pessoas abandonando o carro e correndo em direção à mata.
A Força Tática retornou com a caminhonete abandonada para o ponto da barreira.
Com os suspeitos foram encontradas roupas militares, armas e parte do dinheiro do roubo. As buscas vão continuar até chegar a todos os envolvidos no crime da modalidade de Novo Cangaço.
De acordo com a PM, a equipe do Bope foi surpreendida por tiros e iniciou-se um confronto armado. Quatro suspeitos foram atingidos, foram levados ao Hospital Municipal de Nova Bandeirantes, mas não resistiram aos ferimentos.
A operação também continua por tempo indeterminado, com barreiras nos locais onde houve relatos de indícios e informações de presença de criminosos.
O caso do roubo às cooperativas está sob investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil.
O assalto
Segundo a informações da gerente da cooperativa, por volta de 10h40, cerca de três criminosos entraram na agência e outros três ficaram do lado de fora. Eles ameaçaram as vítimas rendendo todos que estavam no local, inclusive o segurança armado.
Os suspeitos fizeram vários disparos dentro e fora da agência. Dois assaltantes acompanharam a abertura do cofre central e retiraram todo o dinheiro, sendo também realizada a abertura dos caixas eletrônicos.
O guarda de segurança e outras pessoas foram feitas reféns formando o "escudo-humano", caracterizando a modalidade de roubo novo cangaço. O guarda foi levado pelos criminosos até a segunda agência onde era realizado outro roubo pelo mesmo grupo criminoso.
Nessa agência, os criminosos agiram da mesma forma, com a atuação de aproximadamente seis criminosos, três que entraram na agência e outros três que ficaram aguardando do lado de fora.
Segundo as informações, os suspeitos chegaram em três veículos e dispararam nas portas de vidro da agência, anunciaram o assalto e perguntaram pelo gerente.
Na frente da agência, os criminosos formaram o escudo humano para aguardar o tempo de 15 minutos que o gerente disse ser necessário para abertura do cofre.
Dois veículos foram roubados pelos criminosos logo após o roubo ao banco. Uma vítima foi levada pelos criminosos até uma ponte, onde foi liberada e os suspeitos colocaram fogo em uma caminhonete.
Outra camionete foi incendiada nessa mesma região, um pouco mais a frente, já na saída para o Distrito de Japuranã.
Os criminosos realizaram vários disparos por toda cidade e após o roubo seguiram sentido ao distrito de Japuranã. Duas pessoas foram baleadas durante o assalto, mas sem gravidade. Foram levadas ao Hospital Regional de Alta Floresta e já foram liberadas.