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Dino diz que Ministério da Saúde não informou o envio de 600 mil testes da Covid-19 para o MA

Por Redação em 22/05/2021 às 21:42:29
Governador do Maranhão disse não houve diálogo entre a pasta em relação a forma como os testes serão enviados ao estado e como será feita a testagem. Medida foi anunciada após a confirmação do primeiro caso da variante indiana do coronavírus. Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz que Ministério da Saúde não informou o envio de 600 mil testes da Covid-19 para o estado.

Reprodução/GloboNews

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou em entrevista à GloboNews neste sábado (22), que não foi informado sobre o envio de 600 mil testes para a Covid-19 ao estado, anunciado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os testes serão enviados neste domingo (23).

O envio foi uma das medidas anunciadas para conter a variante indiana do coronavírus (chamada de B.1.617) no país, após a confirmação dos primeiros casos no Maranhão.

Dino disse que não houve nenhum diálogo do governo com o Ministério da Saúde em relação a forma como os testes serão enviados ao Maranhão e como será feita a testagem. O governador reforçou que não há sinais de transmissão da variante no estado.

"Em relação a esta nova ação de testagem, eu nem compreendi muito bem qual é a ideia do ministério. Não houve nenhum tipo de diálogo ou de reunião para discutirmos isto. Eu estou considerando que nós vamos receber os testes amanhã e nós vamos decidir onde os testes serão aplicados. Foi isso que eu consegui entender", afirmou.

Segundo o governador, todas as medidas de controle estão sendo tomadas em conjunto com o Ministério da Saúde, em relação ao paciente indiano de 54 anos, internado com a variante indiana em um hospital particular da capital maranhense, desde o dia 14 de maio.

Flávio Dino também defendeu a testagem em massa em portos e aeroportos de todos os estados do país e pediu que governo federal autorize a ação,

"O governo federal agora quer que nós façamos teste nos aeroportos e nos portos, nós faremos, só precisamos da autorização federal. Tendo essa autorização, faremos com toda certeza e desejamos que todos os aeroportos e portos do Brasil, tenham os a testagem, não só em relação a um ou outro voo", disse.

ENTENDA: por que a nova cepa preocupa o Brasil e o mundo

Medidas contra a variante

Em coletiva, o ministro Marcelo Queiroga disse que ainda não há sinal de transmissão comunitária da variante indiana da Covid-19 no Brasil.

Na ocasião, ele anunciou a implantação de barreiras sanitárias no país em locais de grande circulação de pessoas, como rodoviárias e aeroportos, para conter o avanço da variante.

Está prevista a distribuição de 2,4 milhões de testes para todo o país. Os testes não são capazes de identificar a variantes do vírus. Para isso, será necessário fazer uma análise genética em material dos doentes.

Marcelo Queiroga defende testagem para controle da variante indiana no Brasil

Além do Maranhão, o Ceará monitora dois casos suspeitos de doentes com a cepa indiana.

Neste sábado, a Prefeitura de Primavera, no nordeste do Pará, notificou dois casos suspeitos da variante indiana do coronavírus na cidade. Os quadros ainda são investigados e monitorados, segundo a prefeitura.

Tripulante internado

O indiano de 54 anos, internado em uma UTI de um hospital particular de São Luís com a variante indiana do coronavírus, permanece com quadro clínico grave, informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES), neste sábado (22).

O paciente foi entubado neste sábado após apresentar piora no quadro clínico. Ele está internado desde o dia 14 de maio, quando o navio no qual era tripulante, MV Shandong da Zhi, chegou ao litoral maranhense vindo da Malásia.

VÍDEO: O que se sabe sobre a nova variante indiana, confirmada no Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que foram recebidas 102 amostras de pessoas que tiveram contato direto e indireto com os tripulantes do navio. A SES reforçou que não há confirmação de transmissão local da variante indiana.

As amostras serão processadas pelo Laboratório Central do Maranhão (Lacen/MA) e em seguida, enviadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, para sequenciamento genômico.

O que se sabe sobre a chegada ao Brasil da cepa indiana da Covid-19

Cepa indiana no Maranhão

O Maranhão confirmou na quinta-feira (20), os primeiros casos da variante indiana do coronavírus (chamada de B.1.617) no Brasil. Os seis casos da variante no país foram detectados em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e chegou ao litoral maranhense em 14 de maio.

Um dos infectados foi internado em um hospital particular da capital, em São Luís. Os outros estão isolados dentro do navio, em alto mar, a cerca de cerca de 35 quilômetros da costa. Dois deles retornaram à embarcação depois de serem medicados em hospital.

Governo do MA monitora quem teve contato com infectados com variante indiana do coronavírus

As seis pessoas confirmadas com a nova cepa fazem parte do grupo de 23 tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que conta, no total, com 15 tripulantes que apresentaram testes positivos para a Covid-19. Oito seguem sem sintomas da doença.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 está sendo classificada como um tipo "digno de preocupação global".

A análise genética revelou que essa variação apresenta mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Em linhas gerais, tudo indica que esses "aprimoramentos" genéticos melhoram a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.

Navio Shandong da Zhi saiu da Malásia com destino a São Luís

Arte/G1

Fonte: G1

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